A conta de energia ficará mais cara em algumas regiões do país em 2023. As informações são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que declarou que ocorrerá uma manutenção dos geradores, conforme determina o Projeto de Decreto Legislativo (PDL). Isso acarretará no aumento da conta.
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Com isso, o crescimento no número de geradores irá influenciar diretamente na conta final do consumidor.
O aumento se dá pela metodologia utilizada para os cálculos das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (Tust) e das Tarifas de Uso Sistema de Distribuição para as geradoras conectadas em 88 kV e em 138 kV (TUSD-g).
O sinal será aumentado gradativamente entre este e o próximo ano, ou seja, haverá elevações proporcionais ao uso do serviço pelas regiões. Com isso, os locais que mais sobrecarregam a rede irão pagar valores mais altos.
Os sulistas devem se preparar, pois haverá um aumento nas contas de energia elétrica de 0,5% na região Sudeste e de 1,5% na Região Sul. Já no Centro Oeste não ocorrerá mudanças. Enquanto isso, o Nordeste e o Norte contarão com uma diminuição no valor de 2,4% e 0,8% respectivamente.
Conta de luz baixará com a Tarifa Social
Com o aumento na conta, muitas famílias podem ter dificuldades em pagar o valor cobrado. Os grupos de baixa renda podem ter descontos nas faturas de energia elétrica por meio do Programa Tarifa Social de Energia Elétrica do Governo Federal, contudo é necessário ser inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) para isso.
Dessa forma, as famílias que podem ter acesso ao programa são:
- Grupos com renda total de no máximo três salários mínimos (R$ 3.636) no qual algum membro familiar necessite do uso de aparelhos eletrônicos por motivos de saúde;
- Núcleos familiares que tenham renda per capita mensal de no máximo meio salário mínimo (R$ 606);
- Idosos com 65 anos ou mais;
- Famílias que tenham um membro que seja beneficiário do BPC/Loas.
Descontos do programa
Com a Tarifa Social de Energia Elétrica, os grupos que se enquadrem nos requisitos podem ter, no mínimo, 10% de desconto sobre o valor da conta ou a isenção completa da quantia cobrada. O desconto varia de acordo com o grupo em que a família se enquadra, além do gasto total de kWh/hora no decorrer do mês.
Sendo assim, os abatimentos ofertados para as pessoas são:
- 65% para consumos de até 30 kWh ao mês;
- 40% para consumos entre 31 kWh e 100 kWh ao mês;
- 10% para consumos entre 101 kWh e 220 kWh ao mês.
Contudo os descontos para famílias indígenas ou quilombolas são diferentes. Veja como:
- 100% para consumos de no máximo 50 kWh ao mês;
- 40% para consumos entre 51 kWh e 100 kWh ao mês;
- 10% para consumos entre 101 kWh e 220 kWh ao mês.