O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB-SP) foi escolhido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como coordenador-geral da transição do novo governo. Seu primeiro desafio é negociar alterações no projeto do Orçamento para 2023 enviado ao Congresso.
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O foco é encontrar espaço para manter o Auxílio Brasil em R$ 600 a partir de janeiro, já que a validade do texto que ampliou o benefício termina em dezembro. Outra prioridade é viabilizar o aumento do salário mínimo acima da inflação a partir de 2023.
Em busca de sucesso na missão, Alckmin se reuniu com relator geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI) nesta quinta-feira, 3. O encontro também contou com a presença do senador eleito Wellington Dias (PT-PI), indicado para negociar os ajustes nas contas.
Analistas avaliam que a continuidade do Auxílio Brasil em R$ 600 custará cerca de R$ 50 bilhões para os cofres públicos, enquanto o ganho real no salário mínimo elevará os custos em R$ 6 bilhões. Dias afirmou recentemente que o plano é oferecer reajuste entre 1,3% e 1,4% acima da inflação.
“O objetivo é garantir a continuidade para o Auxílio Brasil. Os R$ 600 seguem em condição de pagamento a partir de 1º de janeiro, não haverá descontinuidade. O que precisa? Uma PEC? Necessidade de constar do Orçamento? É isso que vamos garantir”, disse o senador eleito.
Corrida contra o tempo
Além de afirmar que não há espaço para incluir novas despesas por conta do teto de gastos, Castro tem planos de resolver o problema do Orçamento até dezembro. A expectativa é enviar rapidamente uma solução para alteração da Lei Orçamentária antes do final do próximo mês.
Na tentativa de acelerar o processo, Alckmin tem uma reunião marcada com ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), responsável pelo processo do lado de Bolsonaro. O gabinete de transição será instalado no CCBB, no Setor de Clubes Sul, próximo ao Palácio do Planalto.
Nesse meio tempo, Lula passa um fim de semana tranquilo com a esposa Janja em Trancoso, litoral sul da Bahia. O presidente eleito chega a Brasília no início da próxima semana para um encontro com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
