A liberação de empréstimos consignados pelo Nubank foi adiada para o primeiro semestre de 2023. A declaração foi dada pelo CEO da fintech, David Vélez, em um evento realizado em parceria com o JP Morgan. A expectativa dos usuários era de que a liberação da nova modalidade de empréstimos fosse liberada ainda em 2022.
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No evento, Vélez afirmou que os consignados ofertados pelo Nubank ainda estão em fase de testes e implementação de tecnologia. O intuito é de reduzir os custos com a intermediação das operações no modelo. A fintech levantou recursos de um comitê de bancos com o intuito de acelerar as operações nos últimos seis meses.
Os recursos no valor de US$ 650 milhões arrecadados em abril serão destinados à inovação de produtos, ampliação no número de usuários e desenvolvimento de tecnologia. Com isso, é esperado que as operações ofertadas pelo banco se diversifiquem. Também será possível diminuir os riscos dos negócios.
Empréstimo consignado diminui o fator de risco
Com a disponibilização desta modalidade, o grupo aumenta a sua diversificação de operações, que atualmente é muito exposto ao crédito de alto risco. Isso quer dizer que 80% da carteira de crédito do banco digital era de cartões de crédito enquanto so 20% restantes eram destinados aos empréstimos pessoais.
Com isso, cerca de R$ 52,2 bilhões estão nas mãos dos clientes pessoa física da fintech, algo que aumenta consideravelmente o risco de “calote” para o banco. Mesmo com margens de lucro menores, o consignado pode se tornar rentável para o Nubank, visto a sua maior taxa de recuperação de crédito.
Os primeiros resultados ligados ao novo modelo de crédito devem ser sentidos pelo banco apenas em 2024, tendo em vista o adiamento da modalidade para o primeiro semestre de 2023. Por fim, o atraso no lançamento não deve trazer impacto significativo para a fintech a curto prazo, uma vez que o mercado tem reagido positivamente ao lucro do terceiro trimestre de 2022.