O novo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tomou posse do cargo, mas já começou a tratar de assuntos que envolvem os interesses da população. Um deles diz respeito ao salário mínimo 2023. O que esperar do valor durante o primeiro ano do governo Lula?
Segundo declarações do líder petista, a previsão é pagar um reajuste no piso salarial 1,4% acima do valor proposto na projeção orçamentária do atual governo. Pelos cálculos, o salário mínimo 2023 deve ficar em R$ 1.320. Atualmente, o valor pago é de R$ 1.212 (acréscimo será de R$ 108).
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No entanto, é importante ressaltar que o ano ainda não acabou e a transição entre os governos também não aconteceu. Portanto, esse cenário ainda pode mudar, principalmente a respeito da inflação, usada no cálculo do salário mínimo.
Aumento do salário mínimo
A equipe do governo Lula deu início à transição entre os governos, mas apesar de a troca ainda não ter sido efetivada, as movimentações nesse sentido já teriam começado.
As conversas têm sido principalmente a respeito de temas como o salário mínimo e a continuidade do Auxílio Brasil em R$ 600, considerados emergenciais. A ideia é começar o próximo ano com essas questões resolvidas.
De acordo com o senador Wellington Dias, do PT do Piauí, e que atua como auxiliar na equipe do novo presidente, a previsão é que o piso salarial chegue em R$ 1.320 em 2023. O aumento, com mencionado anteriormente, está 1,4% acima do percentual enviado pela gestão de Bolsonaro, em 7,41%.
Como será feito o cálculo do reajuste?
De acordo com o senador Dias, a correção do piso nacional deverá incluir o índice da inflação de 2022 e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos cinco anos. O objetivo é garantir ganhos reais aos trabalhadores e beneficiários da Previdência Social.
Apesar do desejo do petista, essa decisão de correção ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, composto em sua grande maioria por parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro.
Lula e seus aliados vão tentar a aprovação da PEC de Transição, na liberação de um teto de gastos para a realização de medidas anunciadas na campanha de Lula, como o Auxílio Brasil em R$ 600 e o piso acima da inflação.