Alimentos mais caros: preço dispara e renda do brasileiro não acompanha

Alimentos estão mais caros? Sim, mas a renda das famílias não subiu na mesma proporção. A conta não fecha. Garantir a cesta básica está cada dia mais difícil.



Garantir o básico na mesa está mesmo mais difícil. Esta não é só uma impressão das famílias brasileiras, pois os números confirmam que a conta realmente não fecha. O motivo é que a renda subiu 19,7% em três anos enquanto os produtos ficaram 41% mais caros durante o mesmo período. Como lidar com a realidade dos alimentos?

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O levantamento foi feito pelo portal G1. A situação ficou ainda pior depois da pandemia da Covid-19. Mesmo com o reajuste dos salários a cada ano, o aumento não é na mesma proporção. É por isso que cada vez mais as famílias encontram dificuldade em garantir a cesta básica.

Alimentos mais caros

A escalada de preços nos últimos três anos assusta os brasileiros. A compra do essencial compromete a maior parte da renda das famílias e é também um dos motivos para o aumento do endividamento dos brasileiros.

As pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) exemplificam bem esse cenário. Em outubro de 2019, 43,8% do salário mínimo ficava para a cesta básica. Em 2022, subiu para 58,78%. Ainda segundo o Dieese, em 2019, os brasileiros tinham que trabalhar 88 horas e 39 minutos para garantir o básico na mesa. Neste ano, o tempo médio subiu para 119 horas e 37 minutos.

A inflação dos alimentos subiu 11,84% nos últimos 12 meses. Ela está acima, inclusive, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pois este ficou em 5,90%. É por essa razão que os cidadãos que ganham menos sentem mais o aumento na conta feita por garantir apenas o básico na compra do mês.

Mesmo com o reajuste nos salários, a porcentagem ainda é baixa, se comparada à inflação dos alimentos. O resultado é a perda da qualidade de vida, visto toda a dificuldade de conseguir garantir o mínimo.

A alta dos alimentos se justifica por diversos motivos. Entre eles, temos a guerra na Ucrânia e a alta no preço do diesel. Produzir também ficou mais caro e, com isso, a mudança nos custos é repassada aos consumidores.




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