Levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que a alta de preços desacelerou na passagem de outubro para novembro para todas as faixas de renda. A divulgação dos dados ocorreu nesta quarta-feira, 14.
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Tal informação se coloca alinhada aos resultados apurados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A análise demonstrou uma desaceleração na inflação oficial do país, passando de 0,59% em outubro para 0,41% em novembro.
Números
A princípio, o cálculo realizado pelo Ipea apontou que a inflação de novembro variou de 0,27% para a classe de renda alta a 0,49% para a de renda média-alta. No mês anterior, esses índices haviam sido, respectivamente, de 1,14% e 0,64%.
No entanto, foi entre as famílias de faixa de renda mais alta que ocorreu a maior desaceleração da inflação. Em novembro, a marca foi de 0,87 pontos percentuais (p.p.) a menos que o registrado em outubro. Para outras faixas de renda, essa variação foi de -0,12 p.p para famílias de renda baixa a -0,18 p.p. para aquelas de renda muito baixa.
Inflação
Ainda segundo o Ipea, alimentação e habitação foram os itens que mais influenciaram na inflação nos domicílios de renda muito baixa. Porém, para as quatro faixas de renda intermediárias, os impactos são provenientes de transporte e alimentação. Já nas faixas de renda mais altas, a pressão é alta dos preços da alimentação e saúde.
Se análise observar grupo de produto, “alimentos e bebidas”, por exemplo, registrou aumentos nos tubérculos, cereais, frutas, farináceos e dos panificados. Em contrapartida, houve queda nos preços dos leites e derivados, aves e ovos.
Já o reajuste nos aluguéis (0,80%) e da energia elétrica (0,56%) estão por trás do impacto inflacionário causado pelo grupo “habitação”. Já no grupo “transportes” a pressão veio da alta dos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina (3%) e do etanol (7,6%).
Por fim, para as famílias de maior renda, o Ipea mostrou que a pressão veio do reajuste de 1,2% nos planos de saúde, eliminando o impacto das deflações dos produtos farmacêuticos (-016%) e de artigos de higiene (-0,98%).
Em outras palavras, se forem considerados os termos absolutos, a faixa de renda média-baixa aponta a menor inflação acumulada em doze meses (5,6%) e a faixa de renda alta registra a maior taxa no período (7,1%).