Apertem os cintos: Aumento da Gasolina pode chegar a 14%

Depois de meses com queda consecutiva, veja os motivos que devem gerar alta no preço do combustível.



Como ainda ainda não há uma definição do novo governo sobre a prorrogação da isenção federal sobre os combustíveis e com o descongelamento do ICMS, a gasolina deve voltar a subir. As projeções apontam que a média deve ser de 14,1% já no início do ano.

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Além disso, também é estimada uma alta de 8% no preço do diesel e 6,5% do etanol hidratado.

Cenário

Em síntese, esses possíveis aumentos são o reflexo da volta da cobrança do PIS/Cofins e Cide em janeiro. Além dos aumentos nos preços usados pelos estados para o cálculo do ICMS sobre produtos, que estava congelado desde 2021.

É neste cenário que 18 estados também decidiram aumentar o preço de referência da gasolina comum. Já no caso do diesel, o contexto é ainda mais alarmante: 24 estados e o Distrito Federal decidiram elevar o valor. Por fim, o preço para o cálculo do imposto sobre o gás de cozinha subirá em 19 estados e no Distrito Federal.

ICMS

No caso do descongelamento do ICMS, o maior impacto será para o mercado de diesel. Tal elevação no preço de referência representará uma alta média de 0,16 por litro do diesel S-10. Na prática, mesmo que Lula decida prorrogar a desoneração federal, o consumidor sentirá no bolso.

Mesmo que o ICMS tenha um impacto menor sobre o preço da gasolina, ele prejudica o valor do gás de cozinha. Neste caso, a alta pode chegar a refletir R$ 5,86 por botijão em Santa Catarina e R$ 5,01 no Distrito Federal, por exemplo.

Contudo, vale lembrar que a partir de abril, o imposto sobre a gasolina e gás de botijão será calculado em reais por litro, com uma alíquota unificada em todo o país.

Por fim, na semana passada, estados anunciaram novas alíquotas unificadas para diesel e gás de cozinha. Se entrassem em vigor hoje, elevariam os preços em 5% e 4%, em meia. Porém, o valor real só será conhecido de véspera. Isso porque, o cálculo depende do preço do combustível nas refinarias.

Essa perspectiva de alta dos combustíveis influencia, inclusive, na expectativa de inflação para 2023. Na prática, a retomada de impostos federais tem um impacto de 0,84 pontos percentuais sobre o índice oficial de inflação no país.




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