Os efeitos do La Niña, evento climático no Oceano Pacífico Equatorial, deve se estender até o verão de 2023 no hemisfério sul. A informação foi divulgada ela ONU (Organização das Nações Unidas) junto ao alerta dos perigos dessa persistência.
Leia também: Chuva e La Niña: o que esperar do tempo em dezembro
Segundo cálculos da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a probabilidade do La Niña durar até fevereiro ou março de 2023 é de 75%, afetando o clima em diversas partes da região. A última vez que isso ocorreu foi entre 1998 e 2001.
O evento atual do La Niña teve início em setembro de 2020, atingindo a categoria de evento moderado em alguns meses de 2021.
O que é o La Niña?
O La Niña é um fenômeno oceânico que se caracteriza por resfriar as águas superficiais de pontos central e na parte leste do Oceano Pacífico Equatorial, além de promover mudanças na circulação atmosférica tropical. Com isso, as temperaturas e as chuvas são afetadas em várias partes do mundo, incluindo a América do Sul.
O La Niña é um fenômeno que traz modificações severas na temperatura. Com isso, traz também chuvas intensas em algumas áreas e seca severa em outras. O fenômeno acontece de tempos em tempos, em intervalos que variam de 2 a 7 anos.
Como o La Niña afeta o Brasil?
No Brasil, o La Niña tem relação direta com o crescimento dos volumes de chuva, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, o fenômeno é responsável por deixar um período com chuvas abaixo da média na Região Sul e diminuir as temperaturas no Sul e Sudeste.
Além do Brasil, o La Niña tem efeitos percebidos na Patagônia, parte da América do Norte, leste e sul da África e Austrália. Mais informações sobre as consequências do fenômeno La Niña no Brasil e a previsão climática para os meses de dezembro a fevereiro estarão disponíveis no Boletim Agroclimatológico, que será divulgado pelo INMET ainda em dezembro.