A Petrobras promoveu cortes no preço da gasolina e do diesel em suas refinarias no último dia 7 de dezembro, mas isso não foi sentido pelo consumidor nos postos de combustíveis na semana passada. A constatação é da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), que avaliou que os dois combustíveis mantiveram estabilidade.
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Na semana, a gasolina foi vendida nos postos brasileiros, em média, a R$ 5,01 por litro, queda de apenas 0,4% em relação aos R$ 5,03 cobrados na semana anterior. O preço do diesel caiu ainda menos, 0,3%, para R$ 6,53 por litro. Os preços são uma média.
Entretanto, no dia 7, a Petrobras reduziu o preço médio de venda da gasolina em 6,1% e do diesel em 8,2%. Foi o menor valor desde setembro de 2021.
Preço da gasolina entra em estabilidade
Já são três semanas de relativa estabilidade para o preço da gasolina após seis semanas de alta pressionada, principalmente, pela cotação do etanol anidro. A expectativa é que, agora, a queda seja percebida nesta semana.
A queda nos preços de refinaria ajuda o governo eleito, que tem que decidir sobre a retomada da cobrança de impostos federais sobre os dois combustíveis logo no primeiro dia de mandato, já que a lei que cortou os impostos vence no fim deste ano.
Sobre isso, a equipe de transição do governo eleito afirmou, na semana passada, que a decisão vai depender de como estarão os preços dos produtos. “Estamos aguardando para ver a evolução do cenário”, disse na quinta-feira (8) o coordenador dos grupos técnicos do gabinete de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante.
Entre especialistas do mercado, estimativas apontam que ainda há espaço para novos cortes de preços, já que o petróleo continua operando abaixo de US$ 80 (R$ 426) por barril.
Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras está 9%, ou R$ 0,26 por litro, acima da paridade de importação, indicador que simula quanto custaria para importar o produto. O diesel está 6%, ou R$ 0,26 por litro, mais caro.