Além de ser conhecido por suas músicas populares e atuações em séries e filmes, Erasmo Carlos também era um nome comum no cenário automobilístico devido à paixão que tinha por carros. Falecido aos 81 anos no último dia 12, o Tremendão se inspirou nos carros para escrever alguns sucessos, como “Jeep”, “O Carango” e “O Bom”, em 1960.
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O artista começou a ganhar fama e adquiriu o seu primeiro carro de luxo, preservado atualmente por um colecionador em São Paulo. O primeiro carrão do cantor foi um Rolls-Royce Silver Wraith, feito sob encomenda pela empresa inglesa H.J. Mulliner.
De acordo com publicações da época, Erasmo o comprou em 1966 quanto ele ainda pertencia ao seu primeiro proprietário, o ex-governador paulista Adhemar de Barros. A compra foi estimada em 22 milhões de cruzeiros, cerca de R$ 450 mil na moeda atual. O modelo em bom estado de conservação poderia ser vendido por mais de R$ 1 milhão nos dias de hoje.
Modelo foi inspiração para Erasmo Carlos
Mesmo tendo ficado por pouco tempo com o carro, Erasmo utilizou o Rolls-Royce para fazer a capa do álbum intitulado de “Erasmo Carlos” em 1967. Além disso, o mesmo também foi assunto na autobiografia do cantor.
Em “Minha Fama de Mau”, o Tremendão conta que precisou contratar um motorista para dirigir o automóvel britânico. Era necessário que o motorista, chamado Sebastião, estivesse acostumado com a condução de carros com mão inglesa e com o difícil trânsito paulista.
De acordo com o pesquisador especializado na montadora inglesa, Alexandre Galindo, o modelo Silver Wraith de Erasmo era de 1948 e foi encomendado pessoalmente por Adhemar de Barros em Londres. Além do modelo do astro, há apenas outro exemplar idêntico a ele no Brasil, com a mesma configuração de carroceria e itens adicionais.
Carro do Amor
Há poucos anos, o Silver Wraith de Erasmo Carlos era bastante requisitado para aluguel em cerimônias de casamento. Além de disponibilizado pelo próprio dono, o veículo também era alugado para casamentos por meio da empresa do colecionador Dante Forestieri, que também faleceu recentemente.
Ademais, o filho de Dante, Léo Forestieri, afirmou em entrevista que o Rolls “é um carro que nunca nos deixou na mão. Esse carro andou, fez casamento para caramba, era bastante requisitado”. Por fim, ele é o terceiro proprietário do veículo, tendo adquirido diretamente de Erasmo em 1970.