O Banco Central divulgou no fim do ano passado um relatório que mostra que os brasileiros “esqueceram” de sacar cerca de R$ 2,16 bilhões em recursos. Esses valores estão ligados a grupos de consórcios encerrados até o fim de 2021.
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O consórcio é uma modalidade de compra na qual pessoas físicas e/ou jurídicas se reúnem para atingir um objetivo comum, como comprar um carro ou um imóvel. Até o encerramento do ano passado, ainda existiam 8,48 milhões de cotas ativas, segundo o Panorama do Sistema de Consórcio.
Essas cotas são correspondentes a juros, multas, rendimentos ou rateio do fundo de reserva que não foram retirados após a contemplação do beneficiário ou fim do grupo. Veja como os créditos estão distribuídos:
- 4,02 milhões de automóveis (valor médio do crédito = R$ 49 mil);
- 2,38 milhões de motocicletas (valor médio de crédito = R$ 14,8 mil);
- 1,28 milhão de imóveis (valor médio do crédito = R$ 165,9 mil);
- 867 mil bens e serviços variados.
Dados do relatório
Segundo a Lei dos Consórcios, as administradoras podem cobrar uma taxa sobre o valor não sacado após um certo período. A arrecadação com essa taxa somou R$ 943 milhões em 2021, ainda de acordo com o documento.
Já a inadimplência chegou a 2,5% naquele ano, queda na comparação com os 2,54 pontos percentuais registrados em 2020. Por fim, o preço médio dos créditos aumentou 28%, para R$ 55,3 mil, enquanto o prazo médio cresceu de 119 para 131 meses.
Saque é possível?
A administradora tem 60 dias para informar a existência de recursos no fundo comum de um grupo de consórcio após seu encerramento. Depois de receberam a notificação, os consorciados ativos e excluídos têm até 30 dias para solicitar o resgate. Finalizado esse período, a empresa pode cobrar uma taxa mensal para administrar o montante.
O participante interessado em descobrir se há recursos para saque deve entrar em contato com a administradora do consórcio para se informar. As condições variam de acordo com os termos do contrato assinado.