Nos últimos 18 meses, a produção de chips nos Estados Unidos aumentou significativamente. Para se ter ideia, a alta foi tanta que chegou a ser comparada com o período da Guerra Fria. Contudo, na prática, esse investimento vem por conta de questões geopolíticas.
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Isso porque, o país faz uma tentativa de não deixar a China se tornar uma potência avançada no segmento.
Uso de chips
Vale lembrar que os chips estão presentes em quase tudo o que usamos: smartphones, utensílios de cozinha, carros… É neste contexto que a Associação da Indústria de Semicondutores afirma que os Estados Unidos irão gastar US$ 200 bilhões para que 35 empresas fabriquem os chips prometidos desde 2020.
Em síntese, esse montante será distribuído em 16 estados, em 23 novas fábricas de chips, além da expansão de nove fábricas. Ainda, também há investimentos de empresas fornecedoras de equipamentos e materiais de indústria.
Presidência, empresas e promessas
Tal iniciativa parte do governo dos Estados Unidos que estão oferecendo US$ 76 bilhões em doações, créditos fiscais e outros subsídios para produção doméstica de chips.
Por fim, em setembro do ano passado, a Intel se comprometeu a investir US$ 20 bilhões em duas fábricas de semicondutores, em Ohio. Pouco depois, outra gigante do setor, a Micron Technology, abriu mais uma fábrica e pretendia investir mais US$ 20 bilhões. Contudo, com a produção atual, a perspectiva é que esse número quintuplique.
Preocupação
Hoje a maior parte dos chips tem produção em Taiwan, área que a China reivindica direitos territoriais. Por isso, a preocupação dos Estados Unidos é no sentido de ser desabastecido de suprimentos de semicondutores em caso de conflito entre os países.
Em síntese, os executivos do setor de tecnologia colocam os esforços do EUA como uma tentativa de resolver esse impasse. Porém, uma fábrica demora anos para ser construída e nem sempre consegue implementar tecnologias de ponta de imediato, acendendo um alerta vermelho.