A semana começou com surpresa bem ruim para muitos clientes que aplicaram dinheiro nas “Caixinhas” do Nubank. O fundo Nu Reserva Imediata, uma das opções oferecidas pela instituição, apresentou rentabilidade negativa após o rombo fiscal de R$ 40 bilhões anunciado pela Americanas.
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O banco aplicava cerca de 0,97% do total de recursos do fundo em debêntures da empresa, embora ele fosse divulgado como uma reserva de emergência. Até a última sexta-feira, 13, o Nu Reserva havia perdido 0,26%.
Por outro lado, o dinheiro rendeu 12,74% nos últimos doze meses encerrados no dia 13 de janeiro. O CDI (Certificado de Depósito Interbancário), por exemplo, teve rentabilidade de 12,59% no mesmo período.
Os títulos de dívida da varejista que fazem parte da carteira do fundo do Nubank são LAMEA7 e LAMEA4. Para as agências de classificação, eles eram vistos como sendo de baixo risco.
RDB e Nu Reserva Imediata
As “Caixinhas” são uma ferramenta que facilitam a organização financeira dentro do aplicativo Nubank. Com o recurso, o cliente pode criar metas, prazos e categorias para aplicar seu dinheiro, que fica investido.
O que muito não se atentam na hora de confirmar o investimento é que esses recursos são aplicados em RDB, com rendimento de 100% do CDI e liquidez diária, ou no Nu Reserva Imediata. Neste segundo caso, o potencial de retorno é grande, mas o risco também é maior.
Os RDBs são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, ou seja, o cliente está emprestando dinheiro para bancos e semelhantes. Já no Nu Reserva, os títulos são emitidos por grandes empresas e incluem debêntures, que são títulos de dívida.
Cuidado onde coloca dinheiro
Segundo o Estadão, o Nu Reserva Imediata tem 18,61% do patrimônio total aplicado em debêntures, assim como centenas de outros fundos de renda fixa. Por isso, é preciso ter cuidado na hora de escolher onde colocar seu dinheiro.
“Não recomendo aplicar recursos destinados à reserva de emergência em fundos de investimentos que contenham debêntures, pois tratam-se de produtos mais arriscados, uma vez que embutem o risco de crédito dos emissores”, finaliza Paloma Brum, analista de investimentos na Toro Investimentos.
