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Demissões em massa anunciadas por grandes empresas preocupam mercado

Ano começa com anúncio de demissões em massa em grandes companhias e cerca de 100 mil trabalhadores na rua.



Mais de 100 mil trabalhadores perderam o emprego no Brasil somente nos primeiros dias de 2023. O número é resultado de demissões em massa realizadas por grandes empresas do país em janeiro de 2023, movimento que preocupa o mercado.

Leia mais: Crise das Americanas: o que significa um pedido de recuperação judicial?

Os maiores episódios ocorreram em companhias ligadas à área de tecnologia. Eles tiveram início com as gigantes do setor, como Amazon e Facebook, mas logo as pequenas e médias empresas foram contaminadas, a exemplo da 99. O medo é que a onde se espalhe para várias outras startups, hoje responsáveis por empregar milhares de pessoas.

Casos recentes

A empresa de transporte por aplicativo 99 anunciou que está realizando demissões em todas as áreas, mas não informou o número estimado de dispensados. Já a CVC Corp, uma das líderes no ramo de viagens, informou que cerca de 5% de sua força de trabalho será desligada.

No Paraná, 800 trabalhadores ficaram na rua após serem dispensados pelo frigorífico Big Boi.

Um dos casos que mais chamou atenção foi o Grupo Guararapes, dono da Riachuelo, que fechou sua unidade em Fortaleza, no Ceará. Cerca de 10% dos funcionários da companhia foram demitidos e, segundo a empresa, a produção agora ficará concentrada em Natal, no Rio Grande do Norte.

Já a Eletrobras e suas controladas preveem a dispensa de mais de 2.500 eletricistas nos próximos meses. Na Eletronorte, quase 600 empregados foram forçados a participar do PDV (Programa de Desligamento Voluntário).

Demissões na Americanas

O assunto que tomou os holofotes na última semana foi o rombo de R$ 40 bilhões nas finanças da Americanas. Além das perdas milionários dos investidores, a brecha bilionária deve levar a um grande processo de demissões em massa pela varejista.

Na última quinta-feira, 19, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial apresentado pelo grupo, processo que serve para evitar que companhias endividadas encerrem suas atividades. Em comunicado divulgado aos funcionários, a empresa não descartou a possibilidade de corte de empregos.

“Neste momento, a companhia está focada na manutenção das operações. Um plano estratégico de otimização dos recursos está em andamento para que decisões que garantam a sustentabilidade da companhia tenham efeitos em curto prazo. Em processos como esse, é comum que haja reestruturação”, afirmou no documento.




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