Ao contrário do que é indicado por diversas publicações e reportagens, os especialistas em automóveis não recomendam que os motoristas abasteçam os carros com gasolina aditivada. O problema está no fato de o Brasil não contar com qualquer tipo de fiscalização sobre a aditivação realizada nas distribuidoras de combustíveis.
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De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não há fiscalização do aditivo utilizado na gasolina, mas sim do combustível como um todo. Dessa forma, a distribuidora fica livre para aditivar o combustível com o componente que achar melhor, seja pela qualidade ou pelo custo-benefício.
Também não há a garantia que será colocada a quantidade necessária para realmente aditivá-la. Por não haver uma padronização no processo, algumas companhias utilizam um aditivo de boa qualidade, com detergente e dispersante. Em contrapartida, outras usam um mais barato, mas anunciam contar com a melhor aditivada.
Qual a melhor escolha para quem deseja utilizar gasolina aditivada?
Visto esta incerteza na qualidade dos produtos oferecidos pelas empresas de combustível, os especialistas indicam que o próprio motorista aditive a sua gasolina. Para isso, os condutores devem comprar um recipiente com aditivo e acrescentá-lo ao tanque do veículo, visto que é a única forma de garantir o produto utilizado para aditivar a gasolina.
Somente dessa forma será possível ter certeza sobre o que está sendo utilizado e se a quantidade adicionada foi a necessária para aditivar o combustível. Claro, caso o condutor tenha um posto de confiança, não há problema em utilizar a gasolina do lugar, desde que o histórico do combustível utilizado no posto seja de boa procedência.
Vale ressaltar que é preciso ter confiança no produto, visto que não vale a pena correr o risco.