O Ministério do Trabalho e Previdência determinou nesta quinta-feira (11) os valores do seguro-desemprego 2023. Pela determinação, a parcela não deve ser menor que o salário mínimo atual, de R$ 1.302, e nem maior que o teto de R$ 2.230,97.
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Vale lembrar que cada faixa salarial segue uma regra específica. A atualização da tabela seguiu o índice do IBGE, já que as faixas salariais consideram o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2022, calculado pelo Instituto.
Confira os valores do seguro-desemprego 2023 por faixa
- Para quem ganha até R$ 1.968,36, a parcela será o salário médio multiplicado por 0,8
- Para quem ganha entre R$ 1.968,37 e R$ 3.280,93, o cálculo é o seguinte: a parte do salário maior que R$ 1.968,37 é multiplicada por 0,5; depois, soma-se R$ 1.574,69
- Para quem ganha acima de R$ 3.280,93, o valor da parcela é o teto de R$ 2.230,97
Por exemplo, uma pessoa que ganha R$ 2.500 terá o valor de R$ 531,63 (R$ 2.500 menos R$ 1.968,37) multiplicado por 0,5, o que dá R$ 265,8. Com a soma de R$ 1.574,69, o valor da parcela será de R$ 1840,5.
Novo reajuste do salário mínimo pode ficar para 1º de maio
Como visto, a determinação do Ministério do Trabalho e Previdência segue o salário mínimo determinado por medida provisória ainda no governo Bolsonaro, de R$ 1.302. Para o Governo Lula, houve a promessa e a divulgação de um reajuste do piso nacional para R$ 1.320, mas a alteração não deve ocorrer em janeiro.
Isso porque o novo governo refez os cálculos ao descobrir o impacto do aumento, sem muitos filtros, do número de beneficiários do INSS no segundo semestre do ano passado, pré-eleições.
Com isso, os técnicos do governo estimam que o custo adicional ao que foi estimado anteriormente seja de R$ 7,7 bilhões além do Orçamento de 2023. Contudo, o reajuste deve vir ainda este ano, no Dia do Trabalhador, 1º de maio, após a folha do INSS ser observada e novas soluções serem desenhadas, segundo o Estadão.