Os brasileiros podem ficar sem o prometido aumento do salário mínimo para R$ 1.320 em 2023. Na última quinta-feira, 12, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o montante de R$ 6,8 bilhões reservado no Orçamento deste ano para o reajuste não é suficiente.
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Em entrevista a jornalistas, ele explicou que o motivo é o crescimento no número de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) após o afrouxamento das regras pelo governo anterior. O valor de aposentadorias, pensões e outros auxílios previdenciários estão atrelados ao mínimo.
“O relator, depois que o Orçamento foi encaminhado, reforçou a dotação do Ministério da Previdência em R$ 6,8 bilhões, com o objetivo de que o reajuste pudesse ser maior que o previsto. E esse recurso do Orçamento foi consumido pelo andar da fila do INSS“, explicou Haddad.
Segundo o ministro, o assunto será discutido mais profundamente junto a sindicatos e entidades representativas na próxima quarta-feira, 18. O encontro terá a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e do presidente Lula, já que Haddad estará no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
E como fica o salário mínimo?
O piso nacional atualmente é de R$ 1.302, conforme medida provisória assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro do ano passado. Embora não tenha garantido o reajuste para o valor prometido inicialmente pelo presidente, Haddad afirmou que esse patamar já está acima da inflação.