O novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou uma medida para prorrogar a isenção do imposto sobre os combustíveis por 60 dias. Anteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia combinado com o então ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, que a isenção fosse aplicada por apenas mais 30 dias.
Leia mais: É o fim: 47 celulares vão se despedir do WhatsApp em 2023
No entanto, Lula liberou a medida para 60 dias na noite de domingo (01). De acordo com a colunista Carla Araújo, o governo Bolsonaro queria prestar um ato de “bondade” ao novo governo. Assim, a equipe de Guedes sugeriu uma Medida Provisória que seria assinada por Bolsonaro, tendo validade de 90 dias para que o novo governo tivesse mais tempo para lidar com a questão do valor da gasolina.
Porém, durante uma conversa entre Haddad e Guedes, o novo ministro havia afirmado que precisava de apenas 30 dias para buscar uma forma de resolver a questão. O ex-ministro da economia havia dito nos bastidores que o intuito da nova medida seria um “gesto de boa vontade” de Bolsonaro com o novo governo.
Outros decretos e medidas também foram assinados
Além do imposto sobre a gasolina, Lula também assinou outros decretos que estabelecem medidas para 2023. Dentre eles está o novo decreto que tem o intuito de reduzir o acesso às armas pelos cidadãos. Além disso, Lula solicitou que a Controladoria-Geral da União reavalie os sigilos impostos por Jair Bolsonaro, como o sigilo de 100 anos, dentro de 30 dias.
Ademais, Lula liberou também o pagamento de R$ 600 referentes ao Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. Uma medida para definir a estrutura da Presidência e Ministérios também foi assinada, além de ações que visam o combate ao crime ambiental.
Por fim, um decreto também foi assinado para indicar que ministros enviem propostas de desestatização dos Correios, Petrobras e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).