Os nascidos em janeiro podem realizar o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde o último dia 2. A modalidade autoriza o resgate de um percentual do saldo disponível nas contas do trabalhador, incluindo uma parcela adicional em alguns casos.
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Para certos brasileiros, essa é a chance de retirar até R$ 3 mil por ano para gastar como quiser. Contudo, existe a possibilidade de que essa opção seja encerrada pelo governo federal em breve. Entenda a seguir.
Saque-aniversário do FGTS
Criada em 2020, a modalidade permite que o saque seja feito entre o primeiro dia útil do mês de nascimento do cidadão e o último dia útil do segundo mês subsequente. Sendo assim, quem nasceu em janeiro pode sacar até o dia 31 de março.
A migração é totalmente opcional. Ao escolher essa opção, o trabalhador abre mão de sacar o FGTS integral em caso de demissão sem justa causa, ficando apenas com a multa rescisória caso seja dispensado pelo patrão. Em troca, ele pode sacar um percentual dos recursos acumulados no fundo todos os anos.
A mudança pode ser feita no aplicativo do FGTS ou site fgts.caixa.gov.br, na aba “Saque-Aniversário”. Em caso de desistência, o trabalhador pode retornar ao saque-rescisão após 24 meses, desde que não tenha comprometido o saldo em operações de crédito com garantia.
Saque de até R$ 3 mil
O valor que cada pessoa pode sacar depende da faixa de saldo em que ela se encontra, ou seja, de quanto ela tem nas contas vinculadas. Somando o percentual com a parcela adicional, é possível resgatar mais de R$ 3 mil de uma só vez. Confira a tabela:
Fim do saque-aniversário do FGTS
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou em entrevista recente que pretende acabar com o saque-aniversário do FGTS. Segundo ele, o estímulo ao uso dos recursos de forma irresponsável deixa milhões de trabalhadores sem dinheiro no momento em que realmente precisam.
Contudo, Marinho deixou claro que o encerramento da modalidade será “objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais”, o que significa que o martelo ainda não foi batido sobre o assunto.
Cerca de 28 milhões de trabalhadores escolheram essa opção de saque, que movimenta aproximadamente R$ 12 bilhões por ano. Apesar da intenção ter sido confirmada pelo ministro, não há data para que a mudança ocorra.