A Alemanha embargou a exportação de 28 veículos blindados Guarani, viaturas blindadas de transporte, que sairiam do Brasil em direção às Filipinas. Apesar de parceiros comerciais e diplomáticos, a Alemanha retalia o Brasil após a postura do país em relação à Guerra na Ucrânia.
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O veículo é produzido no Brasil, na Iveco, especializada na produção de automóveis pesados como o blindado Guarani. A fábrica fica na cidade de Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. Apesar disso, os veículos possuem peças alemãs e argentinas, o que possibilitou o embargo por parte do país europeu.
De custo unitário milionário, o veículo pode andar tanto em terra como em água e alcança até 110 km/h, com até 11 militares no seu interior. É resistente a tiros de fuzil e até explosões de granadas.
O imponente Guarani pesa 18 toneladas e possui torre para canhão de 30 milímetros, além de visão noturna e laser. Segundo a Veja, que trouxe o caso à tona, cinco veículos do tipo já estão no pátio da fabricante em Minas Gerais.
Por que a Alemanha retalia o Brasil se os países são parceiros?
A reação do país europeu, segundo fontes ouvidas pela Veja no Ministério da Defesa, ocorre por conta das decisões tomadas tanto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (2018-2022) quanto pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Como se sabe, a posição da União Europeia, principalmente da Alemanha, é de defesa da Ucrânia, mas o Brasil se recusou, nos dois mandatos, a repassar equipamentos e munições ao país na guerra contra a Rússia. Segundo a Veja, a visão de Lula é que os dois países são responsáveis pelo conflito, que completa um ano nesta sexta-feira (24).
A negociação havia sido intermediada por Israel. O embargo dos 28 blindados foi confirmado pelo Federal Office for Economic Affairs and Export Control, escritório governamental de controle de exportação da Alemanha.
