Americanas sem ovos de Páscoa? Empresa luta para conseguir estoque

Mudança no prazo de pagamento foi um esforço para garantir que a Páscoa aconteça na Americanas. No entanto, preços podem subir.



A Americanas, uma das maiores varejistas do Brasil, passou a pagar à vista os fabricantes de chocolate a dois meses da Páscoa. Esta mudança foi uma condição imposta pela indústria para continuar fornecendo a empresa, que está em processo de recuperação judicial há cerca de um mês.

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De acordo com Aleksandro Pereira, diretor comercial da Americanas, a empresa teve que fazer um trabalho para acalmar os fornecedores e garantir que a negociação continuasse. A venda de ovos de Páscoa, barras e caixas de bombom representa 35% do faturamento da varejista nos meses de março e abril.

Manobra para vender 13 milhões

A mudança no prazo de pagamento foi um esforço para garantir que a Páscoa fosse um sucesso para a Americanas, já que a venda de chocolates na data é uma das principais do comércio. A expectativa é que as lojas comecem a vender os ovos em duas semanas, após o Carnaval, e a Americanas pretende vender 13 milhões de unidades, mesmo com uma redução de 10% no volume deste ano.

A importância das vendas de ovos para a empresa foi mencionada no pedido de recuperação judicial, onde a varejista chegou a dizer que a crise poderia afetar até mesmo os preços do chocolate. A força-tarefa para manter a Páscoa de pé mostra a importância da data para a empresa, que se orgulha de ser a maior varejista de ovos de Páscoa do mundo.

Crise da Americanas

A crise financeira da Americanas tem sido um dos principais assuntos do mercado de ações de varejo nos últimos tempos. Com o anúncio do rombo no valor de R$ 20 bilhões e a saída do ex-CEO Sergio Rial, a situação da empresa tem causado preocupação entre investidores e analistas.

O impacto da crise na Americanas tem sido sentido em outras empresas do setor, como a Magazine Luiza e o Mercado Livre, que registraram altas significativas de 32% e 20% respectivamente, enquanto a Via, dona das redes Casas Bahia e Ponto, teve uma queda de 22%.

A instabilidade do mercado tem sido notável desde a divulgação da notícia, e ainda hoje divide opiniões entre analistas. Enquanto alguns acreditam na recuperação da Americanas, outros temem pelo pior.

No entanto, a situação da Americanas tem sido ainda mais preocupante, já que seus papéis saíram do Ibovespa depois do anúncio da recuperação judicial e acumulam baixa de 90% em um mês.

Em meio a toda essa incerteza, a crise da Americanas é um alerta para o mercado de ações de varejo e para os investidores, que precisam estar atentos aos riscos e aos desafios enfrentados pelas empresas. A situação da Americanas ainda não está clara, mas sem dúvida, será um dos maiores assuntos do mercado de ações nos próximos meses.




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