O governo do presidente boliviano, Luis Arce, assinou nesta sexta-feira um contrato com a empresa chinesa CATL BRUNP & CMOC (CBC) para a entrada em operação de dois complexos industriais com tecnologia de extração de lítio direto (EDL). nas salinas das regiões andinas de Oruro e Potosí.
O documento foi assinado pelo chefe da estatal Yacimientos del Litio Bolivianos (YLB), Carlos Ramos, e pelo representante da CBC, Qinghua Zhou, em ato na Casa do Governo em La Paz com a presença do Presidente Arce e do Ministro de Hidrocarbonetos e Energias, Franklin Molina.
Arce destacou em seu discurso que é um “dia histórico” para o país porque “hoje começa a era da industrialização do lítio boliviano”, projeto ansiado há décadas.
Segundo Arce, a empresa CBC fará um investimento inicial de 1 bilhão de dólares em uma primeira fase para criar as condições para a montagem de plantas industriais no Salar de Uyuni em Potosí e na parte de Coipasa que fica em território boliviano.
Isso significará investimento em estradas, eletricidade e serviços básicos, disse o presidente, lembrando que o YLB terá participação ativa e controle sobre toda a cadeia produtiva, desde a extração do lítio até a comercialização dos produtos derivados.
“Até o primeiro trimestre de 2025, a Bolívia já deve estar exportando baterias de lítio” feitas “com matérias-primas nacionais”, acrescentou.
Fundo
A CBC vai montar dois complexos industriais, cada um com capacidade para produzir até 25.000 toneladas de carbonato de lítio tipo bateria por ano e com 99,5% de pureza, “e processos de semi-industrialização e industrialização na cadeia evaporítica”, especificou o Ministério. de Hidrocarbonetos e Energias em comunicado.
A Bolívia tem reservas estimadas em 21 milhões de toneladas de lítio, uma das maiores do mundo, a maior parte em Uyuni, e em menor escala em Pastos Grandes, também em Potosí, e Coipasa, compartilhada entre Oruro e Chile.
