Brasil e seus carros MUITO CAROS! Afinal, por que nunca fica barato?

Afinal de contas, qual é o motivo que faz com que os carros sejam tão caros no Brasil. Preço vem aumentando vertiginosamente ao longo do tempo.



Os últimos quase 3 anos foram de profundas transformações no mundo e no Brasil, consequentemente. Além da pandemia, a economia brasileira viveu uma enorme montanha russa, na qual ainda estava em processo de descida, com leves altas. Prova disso são os preços dos carros, que quebraram quase todos os recordes.

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Praticamente todos os automóveis sofreram reajuste de preço no Brasil desde 2020. De modo geral, veículos novos e seminovos ficaram mais caros. Em alguns casos, a variação foi exponencial. Existem modelos 0 km que aumentaram mais de 70% o valor.

Em 2021, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o Brasil comercializou 1,97 milhões de veículos comerciais leves. Embora pareça muita coisa, a quantia é 20 vezes menor do que ocorre na China, a líder desse setor. Em comparação aos EUA, o Brasil consumiu 15 vezes menos carros no mesmo ano.

Por que os carros são tão caros no Brasil?

Um dos motivos que inibem a compra de carros pelos brasileiros está no preço. As opções mais baratas de carros novos, hoje, custam cerca de R$ 70 mil. Em 2019, por exemplo, o mesmo carro poderia sair por quase metade do preço. Por isso, a pergunta que fica é: por que os carros estão tão caros?

Primeiro, é preciso lembrar que o mundo ainda está em alerta com a pandemia do novo coronavírus. Depois, tem que se ter em mente os reflexos dessa crise sanitária na economia. A partir daí, é possível começar a entender melhor o problema que atingiu o Brasil e o mundo.

Um dos principais motivos pelo encarecimento dos automóveis está na escassez de alguns componentes. Existem produtos, como semicondutores, por exemplo, que estão em falta no mercado mundial. O processo de produção ficou mais lento e mais caro, devido à crise econômica.

Depois, conforme a economia retomou suas atividades, os consumidores voltaram a comprar. Porém, a produção permaneceu comprometida. Ou seja, a demanda cresceu enquanto a oferta diminuiu. Essa matemática resulta em encarecimento do produto.

Nivelamento do mercado

Fora isso, como o valor dos zero km aumentou, a busca por carros seminovos também cresceu. A alta demanda refletiu na elevação dos preços aos consumidores.

Ou seja, as pessoas não tinham dinheiro para pagar por um zero-quilômetro, então correram atrás dos seminovos. Por sua vez, os seminovos ficaram mais caras diante da alta demanda, assim os usados se tornaram opções mais atrativas. Contudo, em 3 anos, os usados também encareceram.

O problema é que não faz sentido um carro usado custar mais caro que um zero-quilômetro. Logo, os novos de fábricas ficaram mais caros novamente.

Falta matéria-prima

Como mencionado anteriormente, parte dos insumos necessários para fabricação está em falta. O aço, por exemplo, aumentou mais de 60% o seu valor. A informação é da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Como se não bastasse, a conta de energia ficou mais cara, o dólar subiu, bem como o frete foi reajustado. As alterações de preço não foram meramente singelas, pois chegaram a até 339% de alta no final de 2021, por exemplo. Muitas produções tiveram que ser paralizadas durante a pandemia, por isso o retorno lento tem gerado desabastecimento.

Assim, como é de se esperar, o custo a mais acaba sendo repassado diretamente ao consumidor. É na hora de comprar o carro que esses reajustes se mostram com muita clareza.

Cultura dos carros caros

Por fim, é necessário destacar que o Brasil possui uma espécie de cultura em ter seus carros mais caros que o normal. Por isso, as fabricas encontraram um mercado capaz de pagar valores absurdos por veículos.

Embora os fabricantes jamais admitam isso, a verdade é que carros que deveria custar cerca de R$ 70 mil no Brasil, podem custar mais de R$ 100 mil, com bastante facilidade. O problema não são apenas os impostos, mas a supervalorização do mercado.

O brasileiro parece ter se acostumado a pagar quase o valor de uma casa para se ter um automóvel na garagem.




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