A essa altura de 2023 você talvez já esteja familiarizado com o ChatGPT. Caso não, te informamos: é um chatbot de inteligência artificial (IA) que pode dar respostas e executar tarefas complexas com comandos simples. A tecnologia começou a ser incorporada em mecanismos de busca e isso mudará nossa experiência para sempre.
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Esta não é mais uma possibilidade, como se pensava há alguns meses. É uma realidade. O Google já fez a demonstração do Bard, seu “próprio” ChatGPT. E a Microsoft anunciou a tecnologia no Bing – e, em breve, em alguns softwares do pacote Office.
Qual o problema do ChatGPT na busca?
Embora a tecnologia acrescente muito para a experiência dos mecanismos de busca, facilitando e agregando mais valor a uma pesquisa simples, acende uma luz acerca da confiabilidade daquelas informações. Não apenas isso, mas há a possibilidade de a tecnologia ser capaz de reproduzir falas ofensivas – já que aprende de acordo com o comportamento e o feedback de quem usa.
O exemplo do Bard, do Google, deve ser usado como um alerta. A IA apresentou uma informação incorreta em uma pesquisa simples sobre o Telescópio James Webb. Desta forma, a experiência pode se tornar perigosa – e até mesmo danosa – se não for calibrada ou programada de maneira eficiente.
Perigosa não só para o usuário, mas também para a empresa. Afinal, a “gafe” do software fez com que a gigante da tecnologia perdesse bilhões no mercado de ações.
Interesse do público
Apesar de toda a incerteza em torno desta tecnologia, o consumidor está muito interessado no que ela pode oferecer. Afinal de contas, as possibilidades são imensas. A IA é capaz de fazer longas redações, escrever contos, resumir textos e até mesmo fazer anúncios publicitários.
Aliás, tem gente ganhando dinheiro com isso, vide youtubers que ensinam como faturar em cima da ferramenta. Há quem use para criar textos mais atrativos e vender cursos, ou quem pede para o ChatGPT escrever receitas e, a partir disso, fazer um e-book e vendê-lo.
Por isso, a cientista da computação e pesquisadora de desinformação da Universidade de Nova York, Laura Edelson, acredita que o usuário deverá sempre verificar as respostas que tiver com estes novos sistemas. É um ônus, reconhece ela, mas é algo que deve ser levado em consideração.