Destaques do dia: Lula quer aumentar salário mínimo para R$ 1.320 e ampliar isenção do IR em maio; Preço do etanol sobe em boa parte do país; Governo pode manter saque-aniversário do FGTS

Novo reajuste no salário mínimo e atualização da tabela do Imposto de Renda são alguns destaques desta terça, 7.



A semana começou com muitas discussões importantes no campo da economia brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe discutem a possibilidade de reajustar novamente o salário mínimo e corrigir a tabela do Imposto de Renda ainda em maio deste ano.

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Outra decisão relevante em foco é o futuro do saque-aniversário do FGTS. Apesar de ter anunciado que planeja encerar a modalidade em março, o ministro Luiz Marinho sinalizou que ela pode continuar ativa.

Nos destaques desta terça-feira, 7, veja também que o preço do etanol subiu em 17 estados na última semana. Confira mais informações a seguir.

Avanço no preço do etanol

O preço médio do etanol ficou mais alto em 17 estados na semana passada, tendo recuado em apenas 5 unidades federativas. Em outros quatro estados, as cotações se mantiveram estáveis.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o preço médio do combustível subiu de R$ 3,78 para R$ 3,82 no período, alta de 1,06%. Em São Paulo, no maior estado produtor e consumidor, o aumento foi de 1,08%.

O levantamento também revela que a maior queda foi registrada no Distrito Federal, de R$ 3,89 para R$ 3,81 o litro (-2,06%). Já a maior alta ocorreu no Mato Grosso, de R$ 3,35 para R$ 3,55 o litro (-5,97%).

Com os resultados, ficou comprovado que o etanol atualmente é mais competitivo que a gasolina somente no estado de Mato Grosso. O cálculo considera que ele é vantajoso quando seu preço equivale até 70% do preço do derivado de petróleo.

Salário mínimo de R$ 1.320

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que está buscando meios de aumentar o salário mínimo para R$ 1.320, valor prometido pelo presidente Lula durante sua campanha eleitoral, Segundo ele, a decisão dependerá de espaço no Orçamento.

O plano do governo é anunciar a nova correção no dia 1º de maio, dia do Trabalho. O anúncio deve vir acompanhado de outras novidades, como um reajuste na tabela do Imposto de Renda que amplia a isenção para mais contribuintes.

Entretanto, o ministro afirmou que ainda é cedo para confirmar o aumento. “Vamos aguardar para ver a tendência do crescimento econômico. Acredito sinceramente que a partir da dinâmica do governo do presidente Lula, 14 mil obras paradas hoje serão retomadas gradativamente e isso vai melhorar a relação emprego e renda, seguramente vai impulsionar o crescimento da economia”, disse.

Isenção do Imposto de Renda

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o governo quer ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda ainda em 2023. A decisão foi atrelada pelo governo a um novo reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, que também é uma possibilidade em aberto.

Lula quer livrar da cobrança todos os contribuintes que ganham até R$ 2.640, ou seja, dois salários mínimos caso o reajuste se confirme. Inicialmente, sua promessa era isentar quem ganha até R$ 5 mil.

Nas últimas semanas, membros do governo têm sinalizado que o aumento da faixa deverá ser feito de forma gradativa, já que o impacto nas contas públicas será grande. Técnicos do Ministério da Fazenda sugeriram ao presidente que aguarde a aprovação da reforma tributária, mas ele não quer esperar.

A tabela do Imposto de Renda não é atualizada desde 2015, último ano do governo de Dilma Rousseff (PT). Hoje, todos os trabalhadores que ganham mais de R$ 1.903,98 precisam pagar o tributo.

Saque-aniversário do FGTS pode continuar

Em janeiro, o ministro Luiz Marinho declarou em mais de uma ocasião que promete suspender o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Entretanto, o chefe da pasta do Trabalho parece ter mudado um pouco de ideia.

Segundo ele, o fim da opção seria pautado na próxima reunião do Conselho Curador do FGTS, marcada para 21 de março. Contudo, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Marinho afirmou que a modalidade pode permanecer, desde que com “outras regras totalmente diferentes”.

“Se permanecer, será com outras regras totalmente diferentes, mas não estou convencido ainda. Não podemos fazer o trabalhador de escravo”, disse.

“Não descarto que acabe, podendo até ser mantido. Vamos decidir, não tem canetada. Eu acho um erro, mas estou aberto a refletir. Certamente mudanças haverá”, completou.

O ministro defende o encerramento do saque-aniversário porque considera que ele “enfraquece o fundo para investimento para gerar emprego”. Ele também acredita que os trabalhadores ficam sem os recursos quando realmente precisam, como no caso de demissão sem justa causa.




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