Destaques do dia: Petrobras reduz preço do diesel; Reforma tributária pode ser votada no 1º semestre; Campos Neto defende autonomia do BC; Mais de 7 mil mortos em terremoto na Turquia e na Síria

Divergências sobre autonomia do Banco Central e terremoto que deixou milhares de mortos estão entre os principais assuntos desta quarta, 8.



O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria no início desta semana já deixou mais de 7 mil mortos e milhares de pessoas desaparecidas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de vítimas pode ser até oito vezes maior que o divulgado até o momento.

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No campo da economia, o presidente do Banco Central defendeu a autonomia da autarquia após críticas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto a rixa acontece, ministros e líderes do governo no Congresso focam na reforma tributária.

Entre os assuntos em destaque nesta quarta-feira, 8, veja também que a Petrobras anunciou uma nova redução no preço do diesel. Confira os detalhes a seguir.

Petrobras reduz preço de diesel

A Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,40 no preço do diesel A vendido em suas refinarias, de R$ 4,50 para R$ 4,10 por litro. A decisão tem validade a partir desta quarta-feira e visa promover o equilíbrio dos preços nos mercados nacional e internacional.

“A companhia, na formação de preços de derivados de petróleo e gás natural no mercado interno, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, disse a estatal.

Segundo a empresa, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do combustível vendido nos postos, sua parcela no preço final repassado ao consumidor é de R$ 3,69 por litro.

Autonomia do Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autonomia do Banco Central desconecta o ciclo da política monetária do ciclo político, por isso é importante. A declaração vem após fortes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência da autarquia.

“A principal razão no caso da autonomia do Banco Central é que desconecta o ciclo da política monetária do ciclo político, porque eles têm durações diferentes e interesses diferentes. Quanto mais independente você é, mais eficaz você é, menos o país pagará em termos de custo de ineficiência da política monetária”, afirmou Campos Neto.

Lula e sua equipe também têm criticado de forma recorrente a taxa de juros elevada, hoje em 13,75%. O petista afirma que a autarquia não faz mais agora do quando o novo presidente da República podia escolher o presidente da instituição.

A desavença é acompanhada de perto pelo mercado financeiro, que teme uma intervenção do Executivo na autoridade monetária.

Terremoto na Turquia e Síria

O terremoto ocorrido na madrugada da última segunda-feira, 6, deixou mais de 7,8 mil mortos no Oriente Médio. O tremor durou cerca de um minuto e meio e atingiu a região central da Turquia e o noroeste da Síria.

Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas e outras tantas seguem sendo resgatadas. A contagem atual é de 5.894 mortos na Turquia e 1.800 na Síria, segundo o vice-presidente turco, Fuat Oktay.

O raio de alcance do terremoto foi de 250 quilômetros, por isso também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não houve mortes ou registro de feridos em nenhum desses países. O fenômeno foi o pior desde 1939 na região, propensa por ser uma área de encontro de placas tectônicas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior. Cerca de 70 países já anunciaram o envio de ajuda humanitária e equipes de busca.

Reforma tributária

O governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que os dois projetos que tratam da reforma tributária (PECs 110 e 45) podem ser unificados no Congresso. A ideia, segundo ele, é fundir os dois textos para aproveitar os melhores trechos de cada.

“Temos duas PECs tramitando, e elas são o sustentáculo. Haddad vai apresentar uma proposta global levando em consideração as duas PECs. Seria uma espécie de fusão das duas PECs”, disse.

Segundo Guimarães,o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar a versão final até o meio do ano. Entretanto, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou na última semana que a reforma não deve sair em menos de seis meses.

Para o deputado, agora é hora de discutir as mudanças. “Já está no tempo. Está maduro. Então, nós vamos organizar as ideias e as propostas”, completou.




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