Um movimento um tanto quanto impopular está se tornando comum entre as grandes empresas de tecnologia no mundo todo no início deste ano. Estamos falando sobre as demissões em massa, já realizadas pela Google, Twitter, Microsoft e Meta, que demitiram centenas de funcionário em diferentes países.
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A justificativa dada sempre é a recessão da economia, causada devido à alta taxa de juros e a redução de compra por parte dos consumidores. Dessa forma, a Alphabet, empresa que gerencia o Google, irá demitir cerca de 12 mil funcionários. No caso do Twitter, 50% de todo o efetivo da empresa já foi desligado após a entrada de Elon Musk.
A boa notícia é que uma das principais empresas de tecnologia do mundo tem ido na contramão do movimento, mesmo com as dificuldades enfrentadas no mercado. A Apple mantém todo o seu quadro de funcionários, não tendo demitido nenhum colaborador ainda sob essa justificativa.
Controle prévio nas contratações explica poucas demissões na Apple
De acordo com uma análise feita por especialistas, a multinacional apostou em um crescimento estratégico para a empresa. Ela tem uma preparação diferenciada para lidar com grandes períodos de crise, diferente dos demais representantes do setor. Um dos exemplos desse controle da empresa ocorreu durante a pandemia. Enquanto os seus concorrentes contrataram milhares de novos funcionários, a Apple abriu somente 10 mil novas vagas.
Ademais, enquanto as outras empresas do ramo estão focadas na venda de hardwares, a marca de Steve Jobs investe prioritariamente em serviços, como o Apple Music e o Apple Pay. A mudança de foco se torna um de seus principais diferenciais frente as outras empresas que precisam desligar milhares de funcionários em demissões em massa ao verem uma queda na venda de seus produtos.
Descentralização dos fornecedores
Além da mudança de foco, outro fator importante para a manutenção dos colaboradores da Apple é a descentralização dos seus fornecedores. Com isso, a empresa diminui a dependência dos produtos e serviços chineses, fato importante devido à recente tensão entre China e Estados Unidos.
Tim Cook, atual CEO da Apple, tem aumentado os seus negócios com o Vietnã e com a Índia, fazendo crescer a diversidade entre seus fornecedores. A empresa tem investido também no desenvolvimento interno dos novos chips e modens para seus equipamentos.
Desse modo, é possível ter ainda mais independência e ficar menos suscetível às mudanças externas.
