A Receita Federal prevê que, com a tão aguardada correção da tabela do Imposto de Renda, 13,7 milhões deixarão de pagar IR. As novas regras entrarão em vigor no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, liberando quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640) de qualquer tipo de cobrança.
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Segundo a Receita, esse número de pessoas representa cerca de 40% do total de 32 milhões de declarações do Imposto de Renda de Pessoa Física no ano passado.
Para conseguir cumprir a promessa de reajustar a tabela do Imposto de Renda, que não era mexida desde 2015, um novo modelo foi desenhado pelo Ministério da Fazenda para mitigar o impacto da medida nas contas públicas.
Isso porque, com a alteração, a União deixará de arrecadar cerca de R$ 3,2 bilhões em 2023 e até R$ 6 bilhões em 2024.
Como funciona o cálculo do governo para os que deixarão de pagar IR?
Segundo a Receita Federal, ficarão isentos do Imposto de Renda os trabalhadores com dedução simplificada de R$ 528, ou seja, quem ganha até R$ 2.640 por mês no regime CLT.
“Essa operacionalização serve para que as brasileiras e os brasileiros sintam o benefício imediatamente no bolso”, diz o órgão em comunicado. Por conta disso, não haverá qualquer retenção na fonte para essa faixa de renda.
Sendo assim, na prática, o trabalhador que recebe até R$ 2.640 não pagará nada de IR, nem na fonte e nem na declaração de ajuste anual. Acima disso, pagara o proporcional sobre o valor excedente.
Com o desconto opcional, o governo consegue o mesmo efeito de um aumento direto na faixa de isenção para R$ 2.640. A faixa de isenção oficial do IR passa, então, dos antigos R$ 1.903,98 para R$ 2.112, além da dedução simplificada mensal de R$ 528 do imposto.