O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, afirmou ontem (23) que está analisando a proposta de paz feita pelo presidente Lula (PT) para finalizar a guerra entre Rússia e Ucrânia.
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“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada (da guerra) na Ucrânia”, informou Galuzin durante uma entrevista à revista estatal Tass.
Além disso, o diplomata também ressaltou a importância da visão que o Brasil tem sobre o conflito. Ele afirmou que “a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional”, mesmo com a pressão dos Estados Unidos.
Contrato de paz? Se depender da Rússia, nem tanto
Em 30 de janeiro, Lula negou um envio de munições para a Ucrânia. Dessa forma, a justificativa do presidente foi de que o Brasil não tem interesse de passar munições para que elas sejam utilizadas em guerra. Vale ressaltar que a guerra da Rússia contra a Ucrânia completou um ano neste mês de fevereiro.
No entanto, essa não foi a única declaração feita por Lula em relação à guerra na Ucrânia. Durante seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em fevereiro, Lula apresentou a ideia de criar um grupo de países para auxiliar em uma possível negociação acerca do fim do conflito.
No entanto, mesmo afirmando que está analisando a proposta, Galuzin afirmou que o contrato de paz só irá acontecer caso a Ucrânia decida aceitar a guerra e se render.
“Se o Ocidente e Kiev quiserem se sentar à mesa de negociações, devem primeiro parar de bombardear as cidades russas e depor as armas. Depois disso, será possível conduzir uma discussão com base em novas realidades geopolíticas”, afirmou.