Nubank anunciou um lucro de US$ 58 milhões no quarto trimestre. É o melhor resultado trimestral na história do banco. O número atingido pela fintech é bem maior do que o esperado pelo mercado. No consenso dos especialistas, a meta de lucro esperada era de US$ 16 milhões. Com o resultado, o papel sobe 5% no after market em Nova York.
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Além disso, o Nubank também divulgou pela primeira vez os seus números separados da operação brasileira. Em resumo, a fintech lucrou US$ 138 milhões no trimestre, o que significa um ROE de 35%.
“Os números do Brasil já eram muito fortes há alguns trimestres, mas decidimos divulgar agora porque eles reforçam o que sempre falamos: que o nosso modelo digital, por ter custo muito menor, deveria gerar um ROE muito acima do mercado” afirmou o CEO David Vélez em entrevista ao Brazil Journal.
Fatores que levaram ao crescimento da fintech
De acordo com o CEO, o lucro se beneficiou com a redução nos custos de funding, que caiu de 91% para 78% do CDI. Essa redução de seu devido às mudanças que o banco fez nas remunerações da NuConta, que passou a render 100% somente após 30 dias do depósito.
Outro fator que também contribuiu foi a queda no índice de inadimplência de curto prazo (de 15 a 90 dias), passando de 4,2% para 3,7%. Apesar disso, a inadimplência superior a 90 dias teve uma alta de 0,4 ponto percentual, passando para 5,2%.
Já em relação à carteira de crédito, o aumento registrado no período foi de 10%, totalizando R$ 5 bilhões. Com isso, a carteira de crédito pessoal do Nubank voltou a crescer após ter ficado estagnada no terceiro trimestre. A alta registrada foi baixa, porém significativa, passando os investimentos de R$ 1,9 bilhão para R$ 2 bilhões.
Nubank pretende entrar no consignado público
De acordo com o CFO Guilherme Lago, caso o índice de inadimplência permaneça nesse ritmo, “claramente vamos acelerar o crédito pessoal sem garantia em 2023″. Além disso, um outro plano da fintech é entrar no consignado público. Atualmente, o Nubank tem somente 3% do mercado de crédito pessoal brasileiro.
“Ainda podemos dobrar o portfólio de tamanho, e fazendo cherry picking, pegando o melhor crédito. Vamos crescer essa carteira em ‘mar fechado’, olhando o melhor risco de crédito”, afirmou David Vélez.
Por fim, o banco tem 4,2 milhões de novos clientes neste trimestre, fechando o ano com 74,6 milhões de usuários do roxinho. A receita somou US$ 1,45 bilhão com lucro bruto de 137%, resultando na quantia de US$ 578 milhões.
