De acordo com uma pesquisa realizada em São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz e pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), foi constatado que seis diferentes marcas de salame vendidas na cidade possuem contaminantes prejudiciais à saúde humana. O estudo avaliou 22 amostras de 14 marcas distintas vendidas entre 2019 e 2021.
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Dos salames avaliados, seis amostras foram identificadas como contaminadas, sendo que duas delas apresentaram contaminação acima do limite tolerável pelos parâmetros europeus. Vale destacar que os cientistas utilizaram a legislação europeia sobre quantidade de compostos em embutidos, já que o Brasil não possui uma regulamentação específica para esse tipo de alimento.
Produtos defumados sem filtro
Conforme mencionado pelo G1, os contaminantes encontrados foram identificados como HPA (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), compostos químicos que surgem a partir da queima incompleta de matéria orgânica, como madeira, carvão e combustíveis fósseis.
A pesquisa, que contou com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), apontou que as fontes mais frequentes de HPA são as queimadas da mata, os veículos automotivos, a fumaça de cigarros e vários processos industriais.
Segundo os pesquisadores, é possível que os produtos estejam sendo defumados sem a utilização de filtros para fumaça, que reduzem a presença desses compostos.
Esse método é tradicional e ainda é permitido pela lei brasileira, por isso é importante que os consumidores fiquem atentos à origem e qualidade dos alimentos que consomem. O estudo foi publicado na revista científica Food Analytical Methods.