O piso nacional é uma das principais referências para o trabalhador brasileiro e afeta toda a economia do país, já que tem impacto no poder de compra dos cidadãos. Ainda estamos no primeiro semestre de 2023, mas o salário mínimo já sofrerá um novo reajuste e irá aumentar, segundo as informações do governo.
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Depois de passar de R$ 1.212 (2022) para os atuais R$ 1.302 (2023), o piso nacional deve subir para R$ 1.320 a partir de 1 de maio, quando se comemora do Dia do Trabalhador.
O aumento foi confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e promove uma subida real, além da reposição da inflação. O custo do reajuste para o governo será de R$ 4,3 bilhões.
Com o reajuste do salário mínimo de 2023, veja histórico de aumentos
Anualmente, o valor da remuneração básica é reajustado seguindo o que é determinado pela Constituição Federal, de cobrir pelo menos a inflação acumulada do ano anterior. Para isso, a referência utilizada é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.
O aumento acima da inflação, portanto, não é obrigatório, mas foi uma das principais promessas do presidente Lula (PT) durante sua campanha presidencial. O valor de R$ 1.320 chegou a ser anunciado e confirmado no final do ano passado, mas foi inviabilizado pelo impacto no orçamento do ano.
Com início em maio, o governo conseguiu reduzir o custo do aumento. Além de 2023, que terá um novo reajuste após meses de um salário mínimo vigente para o ano, os anos de 1994 e 2011 também tiveram dois salários mínimos.
Veja a evolução da remuneração básica do brasileiro desde a implantação do Plano Real em 1994:
- 1994* – R$ 64,79;
- 1995 – R$ 100 (+42,8%);
- 1996 – R$ 112 (+12%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 22,4%);
- 1997 – R$ 120 (+7,1%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 9,5%);
- 1998 – R$ 130 (+8,3%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,2%);
- 1999 – R$ 136 (+4,6%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 1,6%);
- 2000 – R$ 151 (+11%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 8,9%);
- 2001 – R$ 180 (+19,2%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,9%);
- 2002 – R$ 200 (+11,1%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 7,6%);
- 2003 – R$ 240 (+20%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 12,5%);
- 2004 – R$ 260 (+8,3%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 9,3%);
- 2005 – R$ 300 (+15,4%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 7,8%);
- 2006 – R$ 350 (+16,6%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,6%);
- 2007 – R$ 380 (+8,5%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 3,1%);
- 2008 – R$ 415 (+9,2%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 4,4%);
- 2009 – R$ 465 (+12%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,9%);
- 2010 – R$ 510 (+9,6%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 4,3%);
- 2011** – R$ 540 (+5,3%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,9%);
- 2012 – R$ 622 (+14,1%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 6,5%);
- 2013 – R$ 678 (+9%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,8%);
- 2014 – R$ 724 (+6,7%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,9%);
- 2015 – R$ 788 (+8,8%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 6,4%);
- 2016 – R$ 880 (+11,6%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 10,6%);
- 2017 – R$ 937 (+6,4%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 6,3%);
- 2018 – R$ 954 (+1,8%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 2,9%);
- 2019 – R$ 998 (+4,6%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 3,7%);
- 2020 – R$ 1.045 (+4,1%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 4,3%);
- 2021 – R$ 1.100 (+5,2%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 4,5%);
- 2022 – R$ 1.212 (+10,1%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 10,1%);
- 2023 – R$ 1.302 (+7,43%, sendo que a inflação do ano anterior foi de 5,9%).
O levantamento foi feito pelo UOL.
*Em 1994, houve um segundo aumento durante o ano para R$ 70; **Em 2011, houve um segundo aumento durante o ano para R$ 545; ***Aumento anunciado pelo presidente Lula para valer a partir de 1 de maio de 2023.