O Bolsa Família volta nesta segunda-feira, 13, com um novo calendário de pagamento para cerca de 21 milhões de famílias. Na última semana, o governo federal anunciou ao público do programa que as regras para contratação de empréstimo consignado mudaram.
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Apoiado pelo presidente Lula, o Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central pode alterar a meta de inflação para 2023. Outro tema entre os assuntos em destaque é a indicação de Dilma Rousseff para a presidência do banco do Brics, bloco formado por Brasil e outros cinco países emergentes. Confira mais detalhes a seguir.
Dilma Rousseff vai comandar banco do Brics
A ex-presidente Dilma Rousseff vai comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu o aval dos outros países.
O atual comandante do NBD é o diplomata Marcos Troyjo, apontado por Jair Bolsonaro. Sua saída do cargo já foi acertada e deve ocorrer ainda neste mês.
Dilma vai morar em Xangai e ficará na presidência do banco até 2025. Lula planeja que ela já esteja ocupando o cargo até março, quando tem viagem marcada à China.
A ex-presidente chegou a ser cogitada para outras posições, como uma embaixada, mas acabou sendo escolhida para o banco do Brics. A instituição cuida de projetos para destinação de recursos às nações do grupo.
Mudança na meta da inflação
O governo quer elevar a meta de inflação para 2023, plano que conta com o apoio do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A informação é da jornalista do GloboNews, Ana Flor.
A mudança pode ocorrer na próxima quarta-feira, 16, data da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). O colegiado é formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet (nessa ordem), além de Campos Neto.
A atual meta da inflação é de 3,25% para 2023 e 3% para os próximos dois anos. A ideia é elevar a previsão para 3,5%, o que deve impactar no próximo ano.
Pagamentos do Bolsa Família
Começam hoje os pagamentos da rodada de fevereiro do Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do país. O valor mínimo da parcela depositada mensalmente é R$ 600, mas neste mês o saque pode chegar a R$ 710 para milhões de pessoas.
O motivo é que também haverá depósitos do Auxílio Gás, mais conhecido como vale-gás nacional. Mais de 21 milhões de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza vão receber o Bolsa Família, sendo que 5,9 milhões também terão acesso ao Auxílio Gás.
Os pagamentos ocorrem na ordem do dígito final do Número de Identificação Social (NIS) do aprovado e seguem até o próximo dia 28. Confira as datas:
- NIS final 1: 13/02;
- NIS final 2: 14/02;
- NIS final 3: 15/02;
- NIS final 4: 16/02;
- NIS final 5: 17/02;
- NIS final 6: 22/02;
- NIS final 7: 23/02;
- NIS final 8: 24/02;
- NIS final 9: 27/02;
- NIS final 0: 28/02.
Pronampe vai substituir consignado
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, declarou que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil será substituído pelo Pronampe, programa de crédito inicialmente voltado para micro e pequenas empresas. O Auxílio Brasil substituiu o Bolsa Família durante o governo Bolsonaro, mas já teve o nome alterado novamente.
“Estamos colocando um programa que vai cuidar dos endividados, o Desenrola Brasil, que vai cuidar de quem está na situação de endividamento, e o programa de apoio a micro e pequena empresa (Pronampe), em fase inicial, com créditos e taxas adequados e com isso estimular o empreendedorismo”, disse o ministro.
O governo cortou de 40% para 5% a margem do consignado e reduziu o número de parcelas de 24 para seis, além de derrubar o teto dos juros de 3,5% para 2,5% ao mês. Segundo Dias, o Bolsa Família serve como uma proteção emergencial e não pode ser encarado como salário.
“O Bolsa Família não é um salário, é uma proteção emergencial. Todo esforço é para garantir que a pessoa tenha todo apoio para garantir elevação da condição da renda”, disse.