Com o início de março, muitos brasileiros acreditaram que as chuvas dariam uma trégua, no entanto a realidade vista no país está sendo completamente diferente. Isso porque algumas regiões ainda podem sofrer com acumulados de chuva acima do normal no decorrer de março. É importante redobrar a atenção durante o período chuvoso.
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Com o aumento das chuvas, aumenta também a possibilidade de deslizamentos de terra, alagamentos, enchentes e inundações. Esses fenômenos podem acontecer principalmente em áreas de risco, como regiões serranas e encostas.
Em dezembro de 2022, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) previu que o verão seria marcado pela presença da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que contribuíram para a incidência das chuvas nos últimos meses.
Chuvas em março ficarão acima do esperado
O terceiro mês do ano será marcado pelas chuvas principalmente no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, que podem ter níveis acima da média histórica para o mês. Por outro lado, o tempo seco deve afetar também parte da região Norte e o Rio Grande do Sul, devido às chuvas nestes locais acabarem ficando abaixo da média.
O tempo fica firme no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já na segunda quinzena de março, as chuvas se concentrarão no centro e no leste do Brasil. Sendo assim, as regiões litorâneas da Bahia e do norte do Espírito Santo podem contar com chuvas volumosas, aumentando então o risco de inundações repentinas.
Atuação do La Niña e El Niño no Brasil
As chuvas em pleno verão também é uma consequência do La Niña, fenômeno que esfria as águas do Oceano Pacífico e gera uma alteração nos padrões de chuva e vento. Mesmo que não seja incomum no Brasil, desta vez, os seus impactos foram maiores. Houve, inclusive, um aumento no volume das chuvas no país.
A partir de março, o clima começará a dividir as características entre verão e outono, com dias quentes e pancadas de chuvas esporádicas de forma mais frequente. As interferências do La Niña devem ser reduzidas a partir deste mês.
Em contrapartida, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que poderá acontecer uma repetição do “El Niño” nos próximos meses. Com isso, a previsão é de que o fenômeno quebre recordes mundiais de temperatura, com a sua probabilidade de desenvolvimento aumentado após o verão.
Com ele, há possibilidade de as temperaturas registradas serem as mais altas da história. Por fim, a sua incidência deve ocorrer entre os meses de julho e agosto, com chances de 55% de sua ocorrência.