Um caso tem chamado a atenção desde domingo (12), quando apareceu no Fantástico. No programa, o jogador de futebol Gustavo Scarpa alega ter sido vitma de uma fraude financeira milionária da Xland Holding envolvendo criptomoedas. O golpe teria sido intermediado pela empresa do seu ex-companheiro de Palmeiras, William Bigode.
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No dominical, Scarpa revelou ter perdido R$ 6 milhões com o suposto investimento, o que garante ser quase sua reserva “da vida”. Nas mensagens mostradas pelo programa entre Scarpa e Bigode, a resposta do atacante, ao receber o pedido de ajuda, foi que a “questão agora é orar”.
“Estou triste, parça, de verdade. Estou triste porque é meu patrimônio. É meu patrimônio quase todo. Eu não posso correr esse risco de perder”, disse Scarpa para Bigode, por mensagem.
Ao passo que o atacante respondeu: “Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. Questão que agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no Senhor”. Nas mensagens, Willian alegou também ter sido vítima.
Orientado por seus advogados, Scarpa então abriu um Boletim de Ocorrência citando a empresa americana e a WLJC Consultoria, de “Bigode”, o que foi feito. Além do meio-campista, que hoje atua no Nottingham Forest, da Inglaterra, Mayke, outro colega do Palmeiras, está processando Bigode por também ter pedido quase R$ 4,1 milhões.
Como evitar esse tipo de fraude financeira ou golpe?
Com a popularização das criptomoedas, se popularizaram também os golpes envolvendo empresas do ramo. Além da Xland, casos como o da bilionária FTX ou da GAS Consultoria, do “faraó dos Bitcoins” chamam a atenção nos últimos meses.
“Qualquer mercado mais exótico, mais diferente, como o mercado de cripto, e principalmente, não 100% regulado, ele vai abrir oportunidades para golpistas, fraudadores, para criarem pirâmides e outros esquemas”, explica Vinicius Bazan, analista de criptoativos da Empiricus Research.
Pensando nisso, o especialista explica que para evitar fraudes, pirâmides financeiras e golpes o ideal é “não cair no conto dos retornos garantidos”. “Qualquer título de risco maior que o Tesouro direto não tem como te garantir retorno específico. Quando você ver anúncios desse tipo, é fraude”, reforça.
Outro conselho é ficar atento ao histórico do projeto, entender de onde ele vem e se a informação disponível é confiável. Em caso de dúvidas também, a orientação é buscar conhecimento com um especialista em investimentos para conseguir desviar de uma oferta de natureza duvidosa.