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Brasil tem 175 operadoras virtuais de celular, que podem alcançar 5% do mercado

Operadoras virtuais de telefonia móvel alugam a infraestrutura das grandes empresas de telecomunicação para oferecer serviços.



Você sabe o que é MVNOs? A sigla em inglês significa operadoras virtuais de telefonia móvel, modelo que tem feito sucesso no Brasil nos últimos meses. Essas empresas alugam a infraestrutura das grandes operadoras de telecomunicação para oferecer pacotes de ligações e internet para celular.

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Desde o início da crise da Oi, que está em recuperação judicial, o número de pedidos de registro junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disparou. Atualmente, o país tem 175 operadoras virtuais credenciadas, sete vezes mais que em 2019.

Os serviços são prestados a cerca de 3,8 milhões de linhas de celular, mas elas ainda representam 1,17% do mercado. Apesar disso, podem tomar conta de 5% do mercado em até três anos, segundo avaliação da consultoria Teleco.

Isso ampliaria a concorrência de um setor dominado por três grandes companhias: Vivo, TIM e Claro. Juntas, elas compraram a Oi e hoje detêm quase 97% do mercado brasileiro.

Um dos principais impulsos ao interesse nesse setor é o avanço do 5G, nova geração de internet móvel. Outro fator que contribui com o surgimento de pequenas operadoras é a criação, pela Anatel, de um limite para preços de tarifa visando ampliar a concorrência.

Operação e desafios

Para ofertar seus serviços, as MVNOs alugam a infraestrutura das grandes teles. Entretanto, executivos e especialistas do setor avaliam acreditam que o desafio de conquistar uma fatia importante do mercado ainda é grande, passando justamente por esse aluguel das redes de Claro, Vivo e TIM.

Na Europa e nos EUA, essas empresas alcançam entre 20% a 30% do mercado. Por aqui, as grandes operadoras querem obrigar as demais a fechar contratos de exclusividade.

“As operadoras móveis virtuais têm um foco em complementariedade de serviço onde as grandes não têm interesse, mas é preciso haver competitividade. Hoje, temos muitas MVNOs, mas isso não é sinal de sucesso e sim uma indicação de demanda. A venda da Oi móvel gerou a discussão sobre a necessidade de tarifas mais competitivas no mercado de atacado. O preço alto não vai conseguir viabilizar o avanço de MVNOs”, explica Luiz Henrique Barbosa da Silva, presidente da Telcomp.

Segundo Bruno Ajuz, responsável pelo marketing da Telecall, que usa a rede da Vivo, a parceria com empresas regionais de banda larga fixa aumenta o potencial de crescimento desse tipo de empresa.

“A estratégia é focar em nicho. O preço de telecom é commodity, com variação de 10% para cima ou 10% para baixo. Em geral, 85% das vendas são indicação, boca a boca. Apesar dos desafios como a questão das tarifas em discussão na Anatel, o horizonte é positivo. Já recebemos mais de dez pedidos para fazer parcerias com novas empresas”, completa.




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