Donos de picapes sofrem prejuízos com adulteração de produto obrigatório

Programa de controle Proconve L7 exige aplicação de reagente em picapes e SUVs a diesel, mas é preciso ter cuidado.



O reagente Arla 32 é um componente obrigatório para donos de picapes e SUVs a diesel fabricados a partir de janeiro de 2022. A obrigatoriedade está prevista no Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) L7, que entrou em vigor naquele mês.

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A mudança fez com que modelos Ford Ranger, Fiat Toro e Jeep Compass ganhassem um sistema de agente líquido para reduzir a emissão de óxidos de nitrogênio. O problema é que cumprir essa regra pode trazer prejuízos aos proprietários.

Utilizado desde 2012 para reduzir a poluição promovida por ônibus e caminhões, o reagente ainda não é encontrado com facilidade nos postos do país. Essa oferta escassa, junto com o aumento da demanda, fez surgir novos golpes na praça.

Os golpistas alteram os componentes do produto, aumentando a emissão de gases poluentes e causando diversos defeitos nos veículos. Os prejuízos incluem falhas, dificuldade para engrenar e problemas no arranque, explica Osvane Lazarone, gerente comercial da Usiquímica, empresa fabricante do Arla 32.

“Caso o produto falsificado prejudique o catalisador, que é uma peça de alto custo e que não tem conserto, o prejuízo pode chegar a mais de R$ 20 mil”, diz.

Testes detectam adulteração

Existem dois testes que servem para identificar adulterações no reagente. O primeiro, chamado de Arla Teste, mostra se a água do produto tem ou não metais em sua composição. Já o Ureia Teste consegue medir o volume de aldeído na ureia para descobrir se a substância é automotiva ou fertilizante e inapropriada para esse fim.

“É importante realizar conversas e treinamentos com os órgãos regulatórios e responsáveis pela fiscalização do Arla adulterado, principalmente com o Ibama e Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o objetivo de informar sobre o andamento do mercado, para que a fiscalização aumente e seja mais rigorosa”, completa Lazarone.

A recomendação para o consumidor é sempre adquirir o produto em postos de confiança e tradição. Outra dica é desconfiar de preços muito baixos e fora do padrão do mercado.




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