Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão informados de uma decisão importante até a próxima sexta-feira, 24. O governo federal vai anunciar a nova taxa de juros do consignado para aposentados e pensionistas.
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Segundo antecipou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o limite máximo deve ficar abaixo dos 2%. Em entrevista, ele disse que a pasta vai “buscar, ouvindo o mercado, ouvindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, um número [taxa] que seja inferior a 2,14%, que é o que os bancos estavam praticando”.
Entenda o histórico
Na última semana, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduziu o teto dos juros do empréstimo consignado do INSS de 2,14% para 1,70% ao mês. A proposta veio do Ministério da Previdência, mas não teria sido aprovada pela equipe econômica ou acordada com os bancos.
A reação das instituições financeiras foi suspender suas linhas de crédito sob a justificativa de que o novo percentual não cobre os custos com a operação. Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Santander, Bradesco e outras instituições menores estão na lista.
“Considerando os altos custos de captação, eventual redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado”, declarou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Meio-termo
Pressionado pela suspensão, o governo decidiu se reunir com representantes do setor para negociar uma nova taxa, que deve ficar acima de 1,70%, mas ainda abaixo de 2,14%.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que a entidade está tentando “resolver esse impasse” e que “os dois lados vão apresentar números e cálculos” para chegar a um consenso sobre os novos juros.
Crédito consignado
O consignado é uma modalidade de crédito que utiliza o benefício do segurado do INSS como uma espécie de garantia do pagamento da dívida. O valor das parcelas é descontado pelo banco diretamente da aposentadoria ou pensão, reduzindo as chances de inadimplência.
