Diversos setores da sociedade têm expressado críticas à atuação de Roberto Campos Neto e sua equipe no Banco Central. Entre as reclamações mais recentes, a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% tem sido alvo de queixas do setor de varejo, incluindo a presidente do conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano.
Após a reunião de quarta-feira (22) do Conselho de Política Monetária (Copom), que decidiu manter a taxa Selic inalterada, Trajano manifestou seu descontentamento, afirmando que “não existe justificativa para termos a taxa de juros mais alta do mundo em um momento em que a inflação está controlada e a economia do país precisa crescer”.
A empresária também expressou preocupação com as consequências da manutenção dessa política monetária, alegando que ela diminui o crédito e inibe o consumo, gerando mais desemprego em todos os setores da economia.
Na sexta-feira (24), Trajano participou do 11º Fórum de Varejo em São Paulo e, em entrevista à Globonews durante o evento, reiterou suas críticas. “Um país como nosso vive de renda e de crédito, a renda vem do emprego e o emprego vem da venda. O crédito com 13,75% não tem cabimento, ninguém pode comprar produto a prazo”, disse a empresária, ressaltando a importância de uma mudança na política monetária.