Optar por comprar ou alugar um imóvel é uma escolha relevante e que envolve diversos fatores financeiros, pessoais e de estilo de vida. Neste ano, selecionar entre essas duas alternativas pode ser ainda mais complexo, considerando a volatilidade do mercado imobiliário e as incertezas econômicas e sociais. Veja se comprar uma casa é uma boa.
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Por isso, é importante analisar quais são os prós e contras de cada opção para, enfim, tomar uma boa decisão para todo mundo. Afinal, qual é a melhor alternativa? Entenda melhor ao longo do texto.
Um dos passos, visto como um dos fundamentais a ser ponderado por quem está na dúvida, é verificar o juros do financiamento, que atualmente apresenta uma taxa de 13,75%.
Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), analisa que essa taxa continuará alta e pode subir ainda mais em 2023.
Oliveira ainda explica que a Taxa Selic costuma reduzir forma gradual, à medida em que o ano vai avançando. Sendo assim, ela não apresentará quedas expressivas neste ano.
Comprar uma casa agora parece um negócio ruim
Por causa da forma como essa taxa está se comportando, o diretor indica que 2023 pode ser um momento ruim para aquisição de uma casa. Segundo ele, as taxas de juros são estabelecidas no momento em que a pessoa assina o contrato. Se esse percentual reduzir somente depois da assinatura, a pessoa não será beneficiada com essa redução.
Ele ainda detalha que a média de taxas de crédito imobiliário apresentam um percentual de 10% hoje em dia. Segundo ele, para que um bom negócio seja feito, as taxas de financiamento precisam ser menores que isso.
Dessa forma, quem está interessado em deixar o aluguel não passaria por problemas significativos.
O que pode ser feito enquanto as taxas não reduzem?
O diretor executivo da Anefac indica que todos que pretendem comprar um imóvel devem continuar guardando dinheiro e pagando o aluguel. Essa é uma forma de poupar enquanto as taxas e todas as condições ficam mais propícias para a compra.
Com essa reserva financeira, será mais fácil usar o dinheiro em uma entrada e investir em um imóvel de qualidade e boa localização. Outra orientação do diretor é estar sempre atento ao contrato.
O recomendado é que as parcelas não ultrapassem 30% da renda da família. Além disso, é essencial que esta reserva também tenha uma parte voltada para os reparos no imóvel ou na compra de móveis.