O que você faria se encontrasse itens perdidos de heranças de outras pessoas? Uma mulher nos Estados Unidos decidiu reunir os itens perdidos e as famílias as quais eles pertencem. Mesmo que isso tenha virado um grande hobby, a ideia da norte-americana tem auxiliado diversas pessoas por todo o país.
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A aspirante a genealogista, Chelsey Brown, tem verdadeira paixão por procurar por “tesouros perdidos” e devolvê-los para quem tem direito a eles. Brown é designer de interiores em Manhattan, Nova York, mas assim que o seu expediente acaba, ela inicia a sua dupla jornada na busca de heranças perdidas por outras famílias.
Até o momento, ela já devolveu mais de 500 itens para os seus verdadeiros donos.
Heranças perdidas e paixão por investigações
Chelsey afirmou que é uma grande amante de mistérios e que se sente em uma investigação todas as vezes que inicia a busca pelos donos de algum artigo. Chelsey inicia a sua busca por possíveis itens perdidos em brechós e sebos. “É uma loucura as coisas que encontrei. Todos os itens do Holocausto que pude devolver eram especiais”, afirmou.
Para conseguir encontrar os possíveis donos dos objetos perdidos, Chelsey busca por pistas nos itens que possam levá-la aos verdadeiros proprietários por direito. Após encontrar esses detalhes, ela inicia uma busca pelos dados demográficos da região que possam informar algo novo.
Em seguida, Brown vai atrás de certificados de casamentos ou outros documentos legais para conseguir devolver os objetos. Após estar com os documentos em mãos, ela tenta rastrear os herdeiros e entra em contato para seguir com a devolução. Apesar disso, Chelsey afirma que muitos acreditam se tratar de um golpe em um primeiro momento. Eles acham que a mulher deseja dinheiro em troca da devolução do item.
Em suas pesquisas, a moça afirma que muitos dos objetos encontrados são perdidos devido a problemas familiares e términos de relacionamentos. Há coisas que podem ter mais de cem anos.
Amores antigos
Entre os principais itens encontrados por Chelsey, estão as cartas de amor das últimas décadas. De acordo com ela, esses itens retratam como os relacionamentos atuais são muito mais complicados do que os antigos.
“Acho que conforta as pessoas saberem que não conseguem nenhum contato com alguém depois de um encontro em que exatamente o mesmo aconteceu com alguns em 1850 – mas por cartas”, justificou. Mesmo sempre encontrando esses itens, Chelsey afirma que ainda se emociona com as cartas de amor.
“Achei este incrível escrito por uma mulher que estava em um relacionamento a distância. Estava cheio de cartas de amor e poemas”, disse. Por fim, após ter devolvido mais de 500 itens perdidos às famílias, a mulher afirma que buscar por esse passado lhe deu a ideia de escrever um diário e colocá-lo em uma cápsula do tempo.