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Por que a quebra do Silicon Valley Bank pode reduzir juros no Brasil?

Evento nos EUA com o Silicon Valley Bank e suas consequências seguintes pode fazer com que o BC acompanhe o movimento americano, reduzindo juros ao longo do ano.



O recente colapso do Silicon Valley Bank (SVB) não deve ter um impacto significativo na economia brasileira, de acordo com especialistas. No entanto, o evento poderia levar o Banco Central do Brasil a indicar, na sua próxima reunião, que o início dos cortes nas taxas de juros pode ser antecipado. Se isso acontecer, o mercado nacional poderá ver resultados a partir do próximo semestre.

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O banco Inter sugere que o aperto do crédito, já observado no Brasil, provavelmente vai contribuir para uma queda maior do que o esperado na atividade econômica, acelerando o processo de desinflação.

“No Brasil, o cenário de maior aperto também muda o balanço de riscos da inflação e o Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] pode indicar na sua próxima reunião que o início do corte de juros pode ser antecipado. Vale ressaltar que a política monetária tem defasagem, que parece ser mais longa nesse ciclo, e o atual patamar bastante restritivo da Selic ainda terá efeito prolongado na economia”, explica o banco em relatório publicado na segunda-feira (13).

Embora o Inter acredite que a atual taxa Selic elevada terá um efeito prolongado sobre a economia, um afrouxamento do ciclo de taxas de juros no Brasil pode beneficiar ativos brasileiros como o mercado de ações e títulos pré-fixados.

Conheça o Silicon Valley Bank, que estava entre os 20 maiores bancos americanos

O SVB foi fundado em 1983 e é focado em atender startups e fundos de capital de risco. A instituição estava entre os 20 principais bancos comerciais dos EUA, com USD 209 bilhões em ativos (o equivalente a R$ 1 trilhão) totais no final do ano passado, de acordo com a Corporação Federal de Seguro de Depósito dos EUA (FDIC).

Apesar de relativamente desconhecido fora do Vale do Silício, o colapso do banco foi monitorado de perto, dada sua dimensão e foco.

A quebra do banco levou a uma queda nos mercados de ações globais na segunda-feira, à medida que os investidores reagiam à notícia. No Brasil, o mercado de ações caiu 0,48% e o dólar subiu 1,16%.

Os analistas dizem que, embora o impacto de curto prazo possa levar a uma maior aversão ao risco entre os investidores, é improvável que a notícia cause algum efeito significativo de longo prazo no mercado, sobretudo no Brasil.

O banco de investimentos XP também sugere que o colapso do banco deve ser um fator de preocupação para o Banco Central do Brasil avaliar sua política monetária, especialmente se o Federal Reserve adotar uma política mais frouxa em relação às taxas de juros.

Em um cenário como esse, os especialistas avaliam que o Banco Central do Brasil deve seguir o mesmo caminho e reduzir a taxa de juros no segundo semestre do ano.




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