Descaso! Fábrica de sapatos encerra operações e não avisa funcionários

Após voltarem do feriado, os funcionários se depararam com a fábrica vazia. Dono da empresa fugiu e está sendo procurado pela Justiça.



O Grupo São Francisco, uma grande empresa do setor de calçados, dispensou os seus funcionários por dois dias devido a um feriado nacional. Até aí, tudo bem, certo? Mas assim que os trabalhadores voltaram para a fábrica, se depararam com uma situação um tanto quando incomum e muito surpreendente.

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A operação da empresa havia sido encerrada, então os bens e maquinários de maior valor acabaram sendo retirados do galpão que abrigava a fábrica na qual eles trabalharam.

A suspeita é de que os equipamentos haviam sido vendidos para pagar as dívidas da empresa, visto que ela se encontrava em situação de recuperação judicial. Segundo informações, mesmo que o plano de recuperação ainda fosse votado pelos credores neste mês, o Grupo São Francisco ainda teria a sua falência decretada pela Justiça.

As operações das fábricas em Parobé e em São Francisco de Paula seriam encerradas de qualquer maneira. Com isso, as empresas afetadas pela falência do grupo são: Madra, G. da Silva, São Francisco Indústria de Calçados e Hiker.

Justiça organiza leilão com os bens que sobraram

De acordo com o advogado Diego Estevez, que era o administrador judicial da empresa na recuperação judicial, em entrevista ao GZH, ao relatar à Justiça sobre o esvaziamento da fábrica, a falência da mesma foi decretada. Desse modo, a empresa foi lacrada. Também já está sendo organizado um leilão com os bens que sobraram.

Após o decreto, o diretor fugiu da cidade. A Justiça e os ex-funcionários, por meio do Sindicato de Sapateiros, estão a procura dele. Segundo João Nadir, presidente representante dos sapateiros em Parobé, a falência do grupo impactou cerca de 120 trabalhadores. O sindicato já está em busca de verbas rescisórias para os colaboradores.

Crise no grupo e descaso em fábrica

O pedido de recuperação judicial foi iniciado na Justiça há cerca de nove meses pelo Grupo São Francisco. No pedido, a empresa relatava dívidas de R$ 32,7 milhões, com a justificativa de que a crise teria sido criada devido aos impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19, que atingiu a tantas outras empresas.

Ao decretar a falência do grupo, o juiz Alexander Kosby Boeira afirmou que ficou comprovado o “abandono do negócio e o desvio patrimonial”. Dessa forma, a falência é o meio mais rápido de recuperar e realocar os ativos, com o intuito de quitar os débitos que a empresa tem com os credores.




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