A Justiça de São Paulo determinou a apreensão do passaporte e da carteira de motorista do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca. A decisão foi tomada pelo juiz Vitor Gambassi Pereira, como resultado de um processo no qual o ex-atleta é cobrado pelo hospital Sírio Libanês devido à dívida de aproximadamente R$ 160 mil.
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Jogador de futebol nega pendências
A dívida foi feita em 2007, quando a mãe de Marcelinho, Sueli Pereira da Silva, foi internada no hospital para realizar um tratamento quimioterápico. As despesas do tratamento nunca foram pagas pelo jogador. Em sua defesa, Marcelinho Carioca afirmou que nunca esteve no hospital e que não assinou nenhum documento referente ao tratamento de sua mãe.
Dessa forma, a defesa do ex-atleta afirma que a despesa não é dele, mas sim de sua mãe, contudo Sueli não resistiu ao avanço do câncer e faleceu em 2008. “O alegado débito não existe, posto que não foi contraído pelo apelante [Marcelinho], mas por sua mãe”, argumentou o advogado.
Apreensão de documentos
De acordo com a defesa, a mãe do atleta quitou as suas despesas hospitalares ao receber alta. Apesar disso, o ex-jogador foi derrotado em primeira e segunda instância. “Ele tinha ciência [da internação] e assumiu a responsabilidade pelo pagamento”, afirmou o desembargador Paulo Hatanaka na decisão divulgada em 2011.
Como o valor ainda não foi pago ao hospital, a Justiça determinou que o passaporte e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Marcelinho devem ser apreendidas.
Vale ressaltar que a essa medida foi permitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) há poucos meses.
O juiz Vitor Gambassi Pereira afirmou em sua decisão que não tem o costume de implantar medidas dessa forma; porém, o que o fez optar pela apreensão dos documentos, foram os fortes indícios de que Marcelinho está “ocultando o seu patrimônio” há algum tempo.
Em resumo, o ex-atleta estaria ocultando os seus bens para inviabilizar as ordens de penhoras anteriores. Por fim, Marcelinho ainda pode recorrer da ordem de apreensão dada.