É fato que ninguém gosta de ser enganado, contudo, detectar uma mentira nem sempre é fácil. Nesse sentido, uma pesquisa da Universidade de Amsterdã aponta que se atentar à riqueza de detalhes de uma história é fundamental na hora de desmascarar mentirosos.
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Na prática, se uma pessoa for capaz de descrever em detalhes quem, o quê, quando, como e por quê, é provável que ela esteja dizendo a verdade. Ou seja, quando alguém não consegue trazer detalhes de uma narrativa, a probabilidade de que ela esteja mentindo é mais alta.
Testes
A pesquisa aponta que um teste simples pode ser o caminho para separar as verdades das mentiras. O método traz quase 80% de precisão. Neste cenário, observar comportamentos pode ser algo revelador a partir de movimentos nervosos, por exemplo.
Após os ataques de 11 de setembro, as equipes de segurança dos aeroportos dos Estados Unidos passaram a trabalhar a partir da busca de 92 pistas comportamentais que desmascaram mentirosos. Na prática, aqueles conhecidos detectores de mentira observar fatores como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória.
No entanto, mesmo com tantos treinamentos, muitas vezes os profissionais têm dificuldades para identificar o que é verdade ou não. Além disso, estereótipos sobre aparência podem influenciar nestes diagnósticos, segundo a pesquisa.
Alternativa radical
Como forma de contornar essas subjetividades, os pesquisadores da Universidade de Amsterdã propõem uma alternativa radical. Na prática, a ação consiste em se basear em apenas uma pista, ou seja, no nível de detalhe da história que uma pessoa conta.
Em suma, o estudo aponta que a verdade está presente na simplicidade. No total, 1445 pessoas foram instruídas a adivinhar se declaração manuscritas, transcrições de vídeo ou entrevistas em vídeo/ao vivo eram verdadeiras ou falsas.
Os que usaram a intuição, por exemplo, tiveram um desempenho mais baixo no teste. Já os que se concentraram no nível de talhes dos relatos conseguirão uma maior precisão em dividir as verdades da mentira. Na prática, essa taxa de precisão ficou entre 59% e 79%.
Direcionamentos
Por fim, os participantes receberam a orientação de avaliar o grau de detalhamento como, por exemplo, a descrição de pessoas, lugares, ações, objetos e eventos. Assim, o direcionamento prático era o de “usar o melhor (e ignorar o resto)”, obtendo melhores rendimentos e índices de acerto.
Os participantes do estudo foram orientados a avaliar a mensagem com base no grau de detalhamento, incluindo descrições de pessoas, lugares, ações, objetos, eventos e tempo dos eventos.
