Já pensou em como ficaria o planeta ao transformar algum resíduo plástico em um alimento pronto para ser consumido? O lançamento desse material na natureza é um problema que vem sendo combatido há anos pela população mundial, das mais diversas formas, mas ainda estamos longe do ideal.
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Os pesquisadores de uma startup norte-americana encontraram uma maneira peculiar de resolver essa questão. A ideia é justamente usar esses restos como ingrediente para a produção de uma biomassa totalmente comestível.
Esse projeto envolve a colaboração de uma bactéria, criada de forma controlada em um laboratório. O microrganismo tem como fonte de alimentação os plásticos. Segundo o fundador da empresa, Anjan Contractor, o material passa por um processo de trituração e segue para um contêiner chamado de biorreator.
No local, as bactérias que estão lá dentro se alimentam. Elas não são organismos comuns. São formas alteradas com características altamente específicas.
Como a comida de plástico seria usada?
Esse procedimento é capaz de gerar diversos tipos de alimentos, como um bife de plástico, segundo afirmou Contractor, ao mostrar o mecanismo pela primeira vez durante o evento Consumer Electronics Show, em janeiro deste ano.
A criação pode ser útil em diversas aplicações, principalmente em missões espaciais, nas quais os astronautas precisam passar longas jornadas longe de casa. O dispositivo poderia ser usado para imprimir literalmente comida, sobretudo uma nutritiva, feita com plásticos não perecíveis, conforme os apontamentos no site Futurism.
Já os desenvolvedores acreditam que a invenção pode ser usada como base para o cultivo de alimentos em locais improváveis, como o espaço. Contractor explica que partes de um vegetal, como folhas de uma beterraba ou raízes, muitas vezes não são consumidas e descartadas.
São exatamente essas partes que eles querem usar para incluir em seu sistema para transformá-las em uma biomassa moída, que seria usada como matéria-prima para as refeições impressas.
Desse modo, os astronautas contariam com uma variedade de alimentos. Vale ressaltar que o projeto ainda está em fase inicial, então não é possível ter certeza se o plástico é seguro para consumo.