Anualmente, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) faz um reajuste no valor dos medicamentos em todo o país. Para este ano, o reajuste, que será de 5,6%, está liberado a partir desta sexta-feira, 31. Contudo, a expectativa é que a indústria farmacêutica, assim como as farmácias e drogarias, não faça essa alteração de preço imediatamente.
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Mesmo com a corrida da população às farmácias, normalmente o setor demora cerca de dez dias para realizar reajustes. Além disso, nas drogarias e farmácias, essa variação pra cima depende do término dos estoques e chegada de novas remessas.
Histórico
No último ano, o aumento foi o segundo maior, desde 2012, atingindo a marca de 10,89%.
Em suma, o reajuste acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC), que ficou em 5,6% entre março de 2022 e fevereiro deste ano. Além disso, outros fatores como concorrência, produtividade e aumento de produtos, por exemplo, também entram no cálculo de reajuste.
Vale lembrar também que esta será a segunda vez que medicamentos sofrem alteração de preço só neste ano. Isso porque, em março, houve reajuste em sete estados (Bahia, Piauí, Paraná, Pará, Sergipe, Amazonas e Roraima). O aumento se deu por conta da elevação do ICMS para compensar o corte de imposto na gasolina e na luz.
Por fim, a recomendação é que o consumidor pesquise bastante antes de comprar para aproveitar o melhor preço do mercado. Isso porque, um levantamento aponta que 68,9% dos consumidores não tem o costume de pesquisar em mais de uma farmácia.
A porcentagem é menor do que a registrada no ano passado, quando 84,7% dos entrevistados admitiram que não costumam fazer uma pesquisa mais aprofundada de preços. Os dados são do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa em parceira com o Instituto de Economia da Unicamp.
Dicas para economizar na compra de remédios
- Verifique se há o remédio disponível no programa Farmácia Popular;
- Pesquise preços;
- Considere, por exemplo, entrar para programas de fidelidade de laboratórios e farmácias. Há descontos de até 70%;
- Pergunte se há desconto para profissão ou plano de saúde;
- E, por fim, prefira medicamentos genéricos.
Aumento abusivo
Ao comprar um medicamento, caso a pessoa perceba um aumento maior do que os 5,6% autorizados, o ideal é denunciar o estabelecimento ao Cmed por meio dos canais de comunicação da Anvisa.