O salário mínimo é uma das referências mais importantes para os brasileiros, já que dita a remuneração dos trabalhadores com carteira assinada e valor do benefício dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), como aposentadorias. Entretanto, o valor atual está bem longe de ser o ideal.
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O piso nacional do Brasil hoje é R$ 1.302, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que o valor subirá para R$ 1.320 no dia 1º de maio. Mesmo com o aumento de R$ 18, a quantia ainda é considerada insuficiente para manter uma família.
Esse cenário pode ser comprovado por meio de um levantamento periódico feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Todos os meses, a entidade realiza uma pesquisa para descobrir qual deveria ser o salário mínimo ideal no país.
Em fevereiro de 2023, o valor necessário chegou a R$ 6.547,58, mais de 5 vezes maior do que o mínimo nominal. A descoberta chocou muita gente, enquanto outros sentem na pele essa discrepância.
O Dieese considera essa a remuneração ideal para garantir todas as necessidades do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, conforme previsto na Constituição Federal.
Cesta básica
O departamento também realiza uma pesquisa mensal sobre a variação no preço da cesta básica nos estados, considerando os alimentos necessários para alimentar uma família com dois adultos e duas crianças. Em fevereiro, São Paulo ficou no topo da lista com a cesta básica mais cara do país.
No caso dos paulistas, é necessário trabalhar 131 horas e 41 minutos para adquirir um pacote de alimentos básico, que custa em média R$ 779,38 no estado. O valor corresponde a 59,9% do salário mínimo vigente no país.
Já em Aracaju, estado com a cesta básica mais barata do Brasil (R$ 552,97), o trabalhador leva 93 horas e 26 minutos para comprar a mesma quantidade de produtos. A diferença é de quase 40 horas de trabalho.
