A revisão da vida toda é um assunto bastante debatido por aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É por meio deste recurso que a pessoa pode solicitar uma análise que considera todo o histórico de contribuições do segurado, desde o início da sua vida laboral, para calcular o valor final da aposentadoria.
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Esse sistema visa incluir, no cálculo do benefício, os repasses feitos antes de 1994, ano em que houve uma mudança na forma de se calcular da aposentadoria devido às várias alterações que aconteceram no governo da época.
Toda essa verificação pode resultar em um valor mais vantajoso para o beneficiário, mas também pode reduzir a quantia. A dúvida que fica é: será que vale a pena pedir a análise ou não? Veja a resposta ao longo do texto.
Como saber se é uma boa ideia?
Antes de tudo, é importante compreender o porquê de os segurados contarem com este direito. Ele é consequência da implantação do Plano Real, uma medida tomada há 29 anos. Naquele período, o país estava passando pela hiperinflação. A solução adotada foi a substituição da moeda, que saiu de cruzeiro para o real.
A ação trouxe bons resultados para economia, mas não foi tão benéfica para os contribuintes daquela década em questão, já que o INSS desconsiderou todos os valores entregues antes do surgimento do programa. Por essa razão, o sistema de revisão da vida toda foi concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), desde o ano passado, para que fosse possível reparar toda essa situação.
Como funciona essa revisão?
Agora, todas as contribuições serão consideradas no cálculo, que pode oferecer reajustes no valor da aposentadoria. O serviço é indicado principalmente para aqueles que foram prejudicados após o Plano Real, pois assim tiveram os seus valores reduzidos, além das pessoas que entregaram poucas contribuições ao instituto.
O período abrangido engloba quem se aposentou de 29 de novembro de 1999 a 13 de novembro de 2019.
Por causa desses fatores, a revisão nem sempre será positiva para todos. É fundamental contar com a ajuda de um especialista para realizar esses cálculos. Caso um trabalhador tenha contribuído com a alíquota máxima antes do Plano Real e, posteriormente, tenha mudado de emprego e passado a contribuir com uma quantia menor, as suas maiores contribuições podem não ser consideradas, tornando vantajoso então que ele busque a revisão.
Claro, se essa situação for invertida, o aposentado pode ter os valores atuais reduzidos. Por isso, para ter certeza das vantagens, é importante pedir ajuda a um contador previdenciário.