A mudança no salário mínimo voltou a ganhar destaque após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informar, em março, que um novo anúncio sobre o tema será realizado em breve. De acordo com ele, o Governo Federal deve divulgar um aumento do valor no piso salarial.
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A quantia que influencia diretamente a vida do trabalhador brasileiro deve passar por um reajuste de R$ 18. É esperado que a mudança entre em vigor a partir de 1 maio, data em que é celebrado o Dia do Trabalhador.
Neste ano, o salário mínimo será de R$ 1.302 até o final de abril, mas o valor deve subir para R$ 1.320 em maio. As alterações foram feitas seguindo acordos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em parceria com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
O governo pretende voltar com a política de aumento do salário com a finalidade de ofertar uma elevação real acima dos níveis de inflação. Segundo informações dadas por Lula, as modificações custaram aproximadamente R$ 4,3 bilhões. Vale ressaltar que essa medida foi uma das maiores promessas de campanha dele.
O objetivo dele é que o reajuste acompanhe o crescimento do PIB do ano anterior.
Lula afirma que esse é um compromisso com a população e que ainda está verificando com o movimento sindical, assim como os ministros citados, os detalhes para determinar as novas regras.
Salário atual é de R$ 1.302
O valor atual havia sido definido pelo governo de Jair Bolsonaro por meio de uma medida provisória. Na época, o reajuste usou como base os números variados da inflação analisados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além do ganho real de cerca de 1,4%.
Por causa das alterações, alguns programas como aposentadoria, seguro-desemprego, PIS/Pasep e BPC também serão alterados, já que eles têm relação direta com a quantia oferecida como piso salarial.
Algo que também está previsto para acontecer é a valorização desse valor.
O governo criou um grupo para discutir como se dará a política de valorização, incluindo representantes de ministérios e dos trabalhadores, como a Força Sindical. Sem falar dos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).